Previous slide
Next slide

Palestina

Colonos israelenses continuam onda de violência na Cisjordânia

A onda de violência dos colonos israelenses vem sendo confrontada com uma resistência revolucionária

Colono israelense segurando uma arma de fogo.

Desde o fim da semana passada, os colonos israelenses intensificaram suas investidas armadas, incendiando propriedades e ameaçando moradores. No dia 13 de abril, colonos israelenses armados perpetraram ataques contra palestinos, suas residências e veículos na região da Cisjordânia sob ocupação, derrubando casas e destruindo instalações agrícolas na área de Masafer Yatta, ao sul da cidade de Hebron, além de perseguir e ameaçar pastores palestinos em Wadi Al-Juwaya, na mesma região, impedindo seu acesso às pastagens.

No mesmo dia, grupos milícias de colonos invadiram aldeias palestinas próximas às cidades de Ramalá e Nablus, na Cisjordânia ocupada, aterrorizando os residentes palestinos pelo segundo dia consecutivo. Relatos locais indicam a presença de multidões de colonos nas aldeias de Silwad e Turmusayya, próximas a Ramalá, e em Duma, próxima a Nablus.

A violência iniciou-se na sexta-feira, quando centenas de colonos incendiaram moradias e veículos na aldeia de Al-Mughayyir. Pelo menos um palestino foi morto e mais de 30 ficaram feridos após serem baleados e agredidos fisicamente pelos colonos. A polícia israelense, que rotineiramente protege essas multidões violentas, prendeu vários palestinos feridos.

“Meu filho saiu para defender nossa terra e nossa honra, e isso foi o que aconteceu”, lamentou Abu Alia aos repórteres em um hospital em Ramalá, para onde o corpo de seu filho foi levado. Moradores locais relataram que os colonos roubaram cerca de 70 ovelhas da aldeia palestina.

Além disso, os colonos atacaram a comunidade árabe Al-Mleihat, próxima à estrada Ma’arajat, a oeste da cidade de Jericó. Hassan Mleihat, supervisor geral da Organização de Defesa dos Direitos Beduínos, denunciou a invasão armada dos colonos à comunidade, onde perseguiram e intimidaram os palestinos. No domingo, 14 de abril, houve ataques a veículos palestinos no noroeste de Nablus, na Cisjordânia.

Todos os 720 mil colonos israelenses encontram-se ilegalmente na Cisjordânia, conforme o direito internacional, que também proíbe a construção de assentamentos em territórios ocupados. Israel estabeleceu 250 desses assentamentos em território palestino ocupado. Autoridades de saúde palestinas relatam que mais de 460 palestinos foram mortos por tropas israelenses e grupos extremistas de colonos na Cisjordânia ocupada desde outubro, enquanto o Ministério de Segurança Nacional de Israel emitiu milhares de licenças de porte de armas e forneceu armas diretamente aos colonos.

A violência israelense na Cisjordânia ocupada tem aumentado dramaticamente desde o início dos conflitos em Gaza. Os ataques do exército contra cidades e vilarejos da Cisjordânia tornaram-se quase diários. Além disso, foram relatadas a criação de pelo menos dois novos postos avançados pelos colonos nos últimos dois dias no Vale do Jordão e nas Colinas do Sul de Hebron, próximos a comunidades palestinas que têm sido alvo frequente de ataques.

O recente ataque do Irã parece ter dado novo fôlego à Resistência Palestina na Cisjordânia. No sábado, palestinos foram vistos derrubando parte do muro que divide o território ocupado, enquanto o Irã lançava ataques contra Israel. Em vídeos compartilhados pela internet, dezenas de palestinos podem ser vistos derrubando partes do muro, conhecido como muro do apartheid, enquanto espectadores aplaudem e comemoram.

O Irã lançou uma série de ataques com mísseis e drones contra Israel em retaliação a um ataque ao consulado de Teerã em Damasco no início deste mês, que resultou em várias mortes, incluindo dois comandantes seniores do braço da Força Quds do Corpo da Guarda Revolucionária Iraniana.

Diante desses acontecimentos, a resistência aos ataques do exército e aos pogroms dos colonos tem se intensificado, com relatos indicando que os grupos palestinos de resistência foram fortalecidas pela entrada de armamentos do Irã.

Em resposta a onda de ataque dos colonos israelenses, o Movimento Resistência Islâmica (Hamas) convocou uma mobilização revolucionária contra a “escalada de ataques frenéticos”. O Hamas não está sozinho nessa convocação.

O porta-voz militar das Brigadas dos Mártires de Al-Aqsa (antigo braço militar do partido Fatá), Abu Jihad, publicou uma mensagem incentivando a mobilização revolucionária do povo palestino. “Reafirmamos nossa firme determinação de que nosso povo na Cisjordânia enfrentará esta nova ofensiva terrorista e a frustrará, assim como nosso povo em Gaza frustrou todas as tentativas de subjugar e deslocá-los”, também reforça o chamado da Jiade Islâmica.

Gostou do artigo? Faça uma doação!

Rolar para cima

Apoie um jornal vermelho, revolucionário e independente

Em tempos em que a burguesia tenta apagar as linhas que separam a direita da esquerda, os golpistas dos lutadores contra o golpe; em tempos em que a burguesia tenta substituir o vermelho pelo verde e amarelo nas ruas e infiltrar verdadeiros inimigos do povo dentro do movimento popular, o Diário Causa Operária se coloca na linha de frente do enfrentamento contra tudo isso. 

Diferentemente de outros portais , mesmo os progressistas, você não verá anúncios de empresas aqui. Não temos financiamento ou qualquer patrocínio dos grandes capitalistas. Isso porque entre nós e eles existe uma incompatibilidade absoluta — são os nossos inimigos. 

Estamos comprometidos incondicionalmente com a defesa dos interesses dos trabalhadores, do povo pobre e oprimido. Somos um jornal classista, aberto e gratuito, e queremos continuar assim. Se já houve um momento para contribuir com o DCO, este momento é agora. ; Qualquer contribuição, grande ou pequena, faz tremenda diferença. Apoie o DCO com doações a partir de R$ 20,00 . Obrigado.

Apoie um jornal vermelho, revolucionário e independente

Em tempos em que a burguesia tenta apagar as linhas que separam a direita da esquerda, os golpistas dos lutadores contra o golpe; em tempos em que a burguesia tenta substituir o vermelho pelo verde e amarelo nas ruas e infiltrar verdadeiros inimigos do povo dentro do movimento popular, o Diário Causa Operária se coloca na linha de frente do enfrentamento contra tudo isso. 

Diferentemente de outros portais , mesmo os progressistas, você não verá anúncios de empresas aqui. Não temos financiamento ou qualquer patrocínio dos grandes capitalistas. Isso porque entre nós e eles existe uma incompatibilidade absoluta — são os nossos inimigos. 

Estamos comprometidos incondicionalmente com a defesa dos interesses dos trabalhadores, do povo pobre e oprimido. Somos um jornal classista, aberto e gratuito, e queremos continuar assim. Se já houve um momento para contribuir com o DCO, este momento é agora. ; Qualquer contribuição, grande ou pequena, faz tremenda diferença. Apoie o DCO com doações a partir de R$ 20,00 . Obrigado.

Quero saber mais antes de contribuir

 

Apoie um jornal vermelho, revolucionário e independente

Em tempos em que a burguesia tenta apagar as linhas que separam a direita da esquerda, os golpistas dos lutadores contra o golpe; em tempos em que a burguesia tenta substituir o vermelho pelo verde e amarelo nas ruas e infiltrar verdadeiros inimigos do povo dentro do movimento popular, o Diário Causa Operária se coloca na linha de frente do enfrentamento contra tudo isso. 

Se já houve um momento para contribuir com o DCO, este momento é agora. ; Qualquer contribuição, grande ou pequena, faz tremenda diferença. Apoie o DCO com doações a partir de R$ 20,00 . Obrigado.