No 256º dia de agressão contra a Faixa de Gaza, a ocupação israelense cometeu novos massacres na região central e intensificou os bombardeios em Rafah, no sul de Gaza. Veículos militares de ocupação também tentaram invadir a área.
O correspondente da Al Mayadeen em Gaza confirmou que dois palestinos foram mortos em um ataque israelense no Vale de Gaza Ocidental, em al-Nuseirat, elevando o número de mortos para 19 na madrugada de terça-feira.
A imprensa palestina relatou que 17 mártires, incluindo crianças, foram mortos no bombardeio da ocupação israelense em áreas civis na Governadoria Central. Espera-se que o número de mortos aumente à medida que os bombardeios continuem.
Os ataques “israelenses” a uma casa da família al-Rai no campo de Nuseirat mataram vários palestinos, e os bombardeios atingiram armazéns onde pessoas deslocadas pertencentes a família al-Madhoun buscavam refúgio. Além disso, a ocupação bombardeou outra casa pertencente à família Harb no campo de al-Bureij.
A ocupação também realizou múltiplos ataques na cidade de al-Mughraqa, enquanto visava a parte leste da cidade de Deir al-Balah.
Em Rafá, ataques aéreos israelenses destruíram vários edifícios no bairro de Tal al-Sultan, a oeste da cidade. Ao mesmo tempo, veículos de ocupação abriram fogo em eixos de confronto, acompanhados de bombardeios de artilharia. Em resposta, forças da Resistência Palestina enfrentaram ferozmente os invasores.
O número de assassinados divulgado pelo Ministério da Saúde Palestino, na segunda-feira (17), era de 37.347 mártires e 85.372 feridos desde 7 de outubro do ano passado.
No dia anterior ao dia 17, dia de número 255 da agressão israelense à Faixa de Gaza, as facções da Resistência Palestina continuaram a repelir as tentativas das forças de ocupação israelenses de infiltrar várias áreas em Gaza, especialmente no sul.
As Brigadas al-Qassam, braço militar do movimento Hamas, anunciaram na segunda-feira (18) que seus combatentes atacaram dois tanques Merkava com foguetes al-Iassin 105 no bairro de Tal al-Sultan, a oeste da cidade de Rafá, no sul de Gaza.
As al-Qassam seram que seus combatentes bombardearam com morteiros pesados o quartel-general das forças israelenses infiltradas localizadas ao sul do bairro de Tal al-Sultan, em Rafá, e também atacaram forças de ocupação israelenses posicionadas a sudeste e sudoeste do bairro.
Enquanto isso, as Brigadas al-Quds, braço militar do movimento Jiade Islâmica, anunciaram que seus combatentes explodiram um tanque israelense com um dispositivo explosivo, ao sul do bairro Saudita, a oeste de Rafá.
A situação na Cisjordânia
Na madrugada de terça-feira, a ocupação israelense realizou várias incursões na Cisjordânia, atacando palestinos e submetendo-os a investigações.
Em Nablus, no norte da Cisjordânia, forças de ocupação detiveram dezenas de palestinos dentro de uma escola, submetendo-os a investigações no local e agredindo outros indivíduos. Também prenderam dois jovens na cidade de Qasra, invadindo a cidade e atacando casas e propriedades civis.
A ocupação prendeu vários palestinos nas cidades de Safa, Sinjil e Deir Ibzi’, em Ramalá, onde confrontos ocorreram entre palestinos e forças de ocupação na vila de Ajul.
Outros confrontos surgiram entre jovens palestinos e forças de ocupação que invadiram Derastiya, noroeste de Salfit, vandalizando várias casas e submetendo jovens a investigações no local.
Além disso, as forças de ocupação prenderam dois jovens palestinos após cercarem uma casa e vandalizarem-na na área de Sabiha, em Ariha, durante a invasão da cidade de Hableh, ao sul de Qalqilya.
As Brigadas dos Mártires de Al-Aqsa, Vanguarda da Libertação – Nablus, afirmaram que seus combatentes estão em intensos confrontos com as forças de ocupação invasoras na área de al-Rafidia, alvejando-as com tiros e explosivos. Combatentes da resistência palestina atacaram forças de ocupação com dispositivos explosivos improvisados durante a incursão na cidade de Anabta, a leste de Tulcarem.
Em Qalqilia, combatentes da resistência palestina ligados às Brigadas dos Mártires de al-Aqsa repeliram com sucesso a incursão israelense na cidade, que fica na barreira de separação entre a Cisjordânia e os territórios ocupados por Israel em 1948. Uma grande força israelense, incluindo veículos utilitários blindados, invadiu Qalqilia em uma operação extensa que atingiu vários bairros, saqueando lojas e edifícios residenciais e agredindo palestinos.
Concomitantemente, forças de ocupação israelenses invadiram as cidades de Urif, Aqraba, Qibya, Artas, al-Shuyukh, Idhna, Anata e o campo de refugiados de Aqbat Jabr.
O chefe de direitos humanos da ONU alertou que a situação dos direitos na Cisjordânia, incluindo Jerusalém Oriental, está se deteriorando rapidamente, destacando o “sofrimento e morte inconcebíveis” ocorrendo em Gaza. Desde 15 de junho, 528 palestinos, incluindo 133 crianças, foram mortos por forças de ocupação israelenses ou colonos desde outubro, levantando “sérias preocupações sobre assassinatos ilegais”.
Turk reiterou o apelo para acabar com a violência israelense escalonada na Cisjordânia desde 7 de outubro, após as forças de ocupação matarem mais de 500 palestinos, incluindo o jovem Ahmed Ashraf Hamidat, de 16 anos, e Mohammed Musa al-Bitar, de 17 anos.
A ocupação continua detendo arbitrariamente milhares de palestinos e bombardeando Gaza, causando grande destruição e sofrimento. Forças de resistência palestinas mantêm prisioneiros, aumentando os riscos para os civis. Desde outubro, mais de 37.372 pessoas foram assassinadas em Gaza, deixando grande parte da população desabrigada.