Em declaração da chancelaria chinesa, no último dia 14, domingo, o ministro das Relações Exteriores, Wang Yi, rejeitou veementemente a possibilidade de independência para Taiuã, afirmando que aqueles que seguirem esse caminho enfrentarão “punições severas”.
A questão de Taiuã tem sido um tema sensível desde a Revolução Chinesa de 1949. Naquele período, o então governo deposto, liderado por Chiang Kai-shek, do Kuomintang (KMT), retirou-se ocupou a ilha. Esta separação, inicialmente resultado de um conflito interno, foi posteriormente alimentada por influências externas.
O imperialismo norte-americano e japonês desempenharam papéis significativos no apoio à manutenção da separação entre Taiuã e a China continental. Os Estados Unidos, buscando conter a Revolução Chinesa, estabeleceram relações diplomáticas e acordos militares com Taiuã. Essa aliança contribuiu para a estabilidade da ilha e para sua relativa autonomia em relação a Pequim.
Além disso, o Japão, com interesses históricos e econômicos na região, também desempenhou um papel crucial na sustentação da separação de Taiuã. Investimentos econômicos e acordos comerciais consolidaram a posição da ilha como uma entidade distinta.
O governo chinês, desde a sua fundação, nunca reconheceu a independência de Taiuã. Afirmamam que a ilha é parte integrante do território chinês e que a busca pela independência taiuanesa representa uma violação dos princípios da soberania nacional e da integridade territorial.
Após a eleição que conduziu Lai Ching-te à presidência de Taiuã, ocorrida no último domingo (14), a chancelaria chinesa emitiu uma declaração repudiando a possibilidade de uma nova guinada de independência de Taiuã. Wang Yi, ministro das Relações Exteriores, afirmou que qualquer tentativa de buscar independência resultará em punições severas, tanto históricas quanto legais. Em comunicado posterior, o Ministério de Relações Exteriores chinês enviou um recado aos Estados Unidos, criticando as felicitações do Departamento de Estado a Lai Ching-te. O ministério destacou que a questão de Taiuã é uma linha vermelha nos interesses fundamentais da China, violando o princípio de ‘Uma Só China’.
Em discurso, Wang Yi reiterou a rejeição da China continental ao conceito de Estado Nação para Taiuã, considerando-a uma província rebelde desde o fim da Guerra Civil Chinesa. O ministro destacou que Taiuã nunca foi um país, afirmando que isso não ocorreu no passado e certamente não ocorrerá no futuro. O impasse entre as potências continua, com a China enviando mensagens firmes sobre suas posições e alertando contra qualquer desvio da ‘Uma Só China’.
Com as recentes derrotas do imperialismo norte-americano, como no Afeganistão e sua inevitável derrota na Ucrânia, os chineses iniciariam uma política gradual, mas tenaz, de aumentar o tom com relação a Taiuã.