Um dos departamentos do Banco do Brasil em Brasília vem se utilizando de práticas antissindicais quando persegue um funcionário por ser diretor da entidade de luta dos bancários.
Esse companheiro, que solicitou a sua transferência para um outro setor, está sendo impedido pela chefia do seu atual local de trabalho, justamente por ser um diretor do sindicato.
Não há dúvida que a perseguição diz respeito a atitude antissindical desse chefete de plantão, já que outros funcionários do mesmo setor onde trabalha, que pleitearam a sua própria remoção, e com o aval do outro setor para admissão, já foram empossados, restando somente esse companheiro sindicalista que não foi autorizado para chefia do seu atual setor, mesmo tendo sido aceito pelo departamento o qual ele pediu a solicitação para a sua remoção.
Há uma especulação de que o caso não se trata de prática antissindical e sim uma perseguição (como é comum dentro do banco), porque o funcionário tem ações na justiça pelo pagamento das 7ª e 8ª horas trabalhadas e não pagas pelo banco. Mas, tal justificativa não tem embasamento, já que outros funcionários, desse mesmo setor, entraram contra o banco com o mesmo tipo de ação e já foram liberados para assumir os seus cargos no novo departamento que solicitaram transferência.
Não são poucas as denúncias de assédio moral que, praticamente, virou norma dentro da empresa. Recentemente este mesmo Diário noticiou que o banco, através de uma executiva do banco cuja dependência da qual ela comandava havia, através de um dos seus subordinados, sido condenado em primeira instância por assédio moral e, essa mesma executiva acabou sendo premiada ao ser elevada ao status de diretora do setor da ouvidoria do banco, um verdadeiro absurdo.
E, agora, estamos vendo, por outro lado, a perseguição justamente daqueles trabalhadores que estão na linha de frente da luta da categoria na defesa dos seus direitos e conquistas.
É preciso barrar a sanha reacionária da direção do Banco do Brasil e, para isso, somente a mobilização dos trabalhadores poderá barrar tal ofensiva. As direções sindicais devem levantar, imediatamente, uma gigantesca mobilização através dos tradicionais métodos de luta da classe trabalhadora: greves, ocupações, organização de comitês de luta, etc., e partir para cima dos banqueiros, que a cada dia atacam os direitos dos bancários conquistados através de mais de cem anos de lutas. E, pior, estão tentando calar a boca dos representantes legítimos dos bancários através das práticas antissindicais.