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Liberdade de expressão

Censura aumenta e Monark é obrigado a pagar R$4 milhões

Não se pode mais ter opinião

Em mais um episódio de censura, o Ministério Público de São Paulo (MPSP) moveu uma ação civil pública contra o comunicador Bruno Aiub, o Monark. Na nova medida, o suposto objetivo é compensar os supostos danos causados após o Monark ter defendido o direito de um partido nazista ser criado em fevereiro de 2022.

O promotor de justiça Reynaldo Mapelli Júnior, coordenador de Direitos Humanos do MP de São Paulo, afirmou que a fala do comunicador ocorreu concomitantemente ao crescimento de células neonazistas no Brasil, sendo extremamente prejudicial para a luta contra o nazismo no Brasil. Além do motivo subjetivo citado, o promotor afirmou que “a criação de um partido nazista representa, em síntese, a criação de um partido político feito para perseguir e exterminar pessoas, notadamente judeus, mas também pessoas com deficiência, LGBTQIAP+ e outras minorias”. Seguindo com sua fala identitária, o promotor seguiu para a acusação de que “comportamentos antissemitas não podem ser aceitos como meros inconvenientes abrangidos pela liberdade de expressão”, acusando indiretamente o comunicador de antissemitismo sem bases concretas para tal.

A teimosia das autoridades repressivas do governo brasileiro em punir Monark evidencia claramente a iminência de uma ditadura no Brasil. O jovem apresentador tem sido explorado de forma covarde por figuras como Alexandre de Moraes e Flávio Dino, além de todos que entram a reboque da burguesia, para promover uma campanha contra os direitos democráticos da população.

A perseguição a Monark teve início com seu “cancelamento” nas redes sociais, resultado da política repressiva dos identitários, muitos dos quais se autodenominam “de esquerda”. Ele foi prontamente rotulado como “nazista” por defender o direito de um nazista formar um partido – ou seja, por defender a liberdade de associação. Os histéricos deturparam essa fala transformando em: Monark defende o nazismo, o que é uma canalhice.  Simultaneamente, para satisfação da Rede Globo, que via no Flow Podcast um concorrente, Monark foi desvinculado da empresa que ajudou a fundar.

Depois de ser retratado como o vilão principal dos direitos democráticos, Monark passou a ser diretamente perseguido por Alexandre de Moraes. Um jovem em seus trinta e poucos anos, que apenas expressa suas opiniões na Internet, foi agora rotulado como “difusor de notícias falsas” e uma ameaça ao “Estado democrático de direito” por um juiz! E não é qualquer juiz: um juiz cuja posição foi adquirida por meio de um golpe de Estado. Monark foi advertido, suspenso e finalmente banido das redes sociais. Agora, ele foi processado em R$ 4 milhões de reais, depois de já terem o impedido de receber dinheiro legalmente em sua conta.

Ao mesmo tempo, ele está sendo processado pelo ex-ministro da Justiça e atual Ministro do Supremo Tribunal Federal, que, supostamente preocupado com a “democracia”, obteve uma liminar impedindo-o de fazer qualquer comentário sobre sua pessoa, exatamente no dia em que estava sendo sabatinado no Senado Federal para se tornar ministro do Supremo Tribunal Federal. Além de tudo isso, Monark, que nem sequer reside no Brasil, agora enfrenta a possibilidade de ser preso por “desrespeitar” uma decisão judicial, além da punição financeira até seu estrangulamento.

O que está acontecendo com Monark já está se repetindo com muitas outras pessoas. Um caso em destaque no momento é o do jornalista Breno Altman, que está sendo ameaçado de ter suas contas nas redes sociais suspensas por criticar “Israel”. Da mesma forma, o Partido da Causa Operária corre o risco de ter seu registro cassado por defender o povo palestino. Da última vez que o PCO foi processado, inclusive, Monark saiu em defesa do Partido que defende os interesses dos trabalhadores. Na opinião do apresentador, “a direita se iguala a esquerda quando tenta punir as pessoas por opiniões. Bola fora, vocês não são a favor de liberdade de expressão, querem apenas ter o controle da censura. Independente de eu concordar ou não com as opiniões do PCO, eles têm direito de manifestá-las”.

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