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Editorial

Censura à COTV e a polícia política da Internet

Esquerda presencia o resultado de sua política em defesa da censura

Conforme foi noticiado por este Diário, o canal Cortes da COTV, canal auxiliar à Causa Operária TV, foi permanentemente desmonetizado pelo YouTube. De acordo com a equipe da COTV, ao questionar a empresa sobre a possibilidade de reversão da medida, o YouTube limitou-se a dizer que “sua monetização foi removida por violação às nossas políticas”.

Segundo Rui Costa Pimenta, presidente nacional do Partido da Causa Operária (PCO), durante seu programa semana Análise Política de 3ª, o canal Cortes da COTV foi enquadrado em uma “diretriz” que proíbe a divulgação de “grupos perigosos”.

E quais seriam esses “grupos perigosos”? O Hamas! Em outras palavras, o canal ligado à COTV foi punido por sua defesa do povo palestino e de sua resistência armada. Algo que tem acontecido com cada vez mais frequência desde que o Hamas deflagrou sua heroica operação Dilúvio de al-Aqsa, em 7 de outubro de 2023.

O caso em questão, porém, nos permite tirar mais algumas conclusões acerca do problema fundamental da censura no Brasil: a campanha que foi feita nos últimos anos contra as chamadas “fake news”.

Como este Diário já alertou inúmeras vezes, essa campanha, encabeçada pela imprensa burguesa e apoiada por setores da esquerda pequeno-burguesa, criaria uma verdadeira polícia política na Internet. Agora, vemos o resultado disso: quem defende a Palestina, é censurado; quem denuncia o sionismo, é censurado; quem critica o Judiciário, é censurado…

No Brasil, tudo isso só foi possível graças à perseguição contra os bolsonaristas, utilizados como espantalhos para que o regime se fechasse cada vez mais. O Inquérito das “Fake News”, instaurado pelo Supremo Tribunal Federal (STF), é prova disso, pois começou investigando e punindo peixes-pequenos da extrema-direita até, finalmente, chegar ao PCO.

Essa política foi importada dos Estados Unidos e, nesse sentido, é uma política de Joe Biden, do partido Democrata – ou seja, no Brasil, existe um setor da esquerda que defende a política de ninguém mais que Joe “Genocida” Biden. Lá, foi a perseguição ao trumpismo que deu ao regime o poder de censurar seus opositores.

Cabe ressaltar que o PL das “Fake News”, o grande filho dessa política de censura, foi feito sob o pretexto de regulamentar as redes sociais por elas serem terra sem lei. O problema é que esqueceram de dizer aos esquerdistas de plantão que a lei que seria estabelecida pelo projeto é a norte-americana, e não a brasileira.

Finalmente, em nenhum momento o PL, que, apesar de não ter sido aprovado, está sendo colocado em prática pelo STF e pelo Judiciário no geral, estabelece que as plataformas são obrigadas a respeitar a lei brasileira. Isso fica claro no caso da COTV já que o Hamas, principal motivo pelo qual o canal trotskista foi censurado, não é, no Brasil, considerado como uma organização terrorista. Mas sim, como um partido político.

Nesse caso, o YouTube está aplicando a censura segundo a lei norte-americana e, aqui, revela-se mais um aspecto do funcionamento da censura no Brasil: nos casos em que a lei dos Estados Unidos for mais favorável à censura, então é ela que será utilizada como parâmetro; nos que ela for menos repressiva, então será a lei brasileira a utilizada para punir e censurar determinada pessoa ou organização.

E o poder que essas empresas possuem para fazer isso é muito grande, afinal, são essas “diretrizes” que impedem o ex-presidente norte-americano Donald Trump de ter uma conta no YouTube até hoje. Ele pode ser candidato à presidência, conforme determinou o Supremo dos EUA, mas não pode emitir suas opiniões na Internet.

É um sistema de dois pesos e duas medidas que, fundamentalmente, só serve para censurar. Descobre-se que, no Brasil, o STF não é o único a definir o “critério da verdade” nas redes sociais, estando subordinado, na realidade, à política de Netaniahu e dos genocidas de “Israel”.

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