Guerra na Ucrânia

Carcóvia, nova frente dos russos contra a OTAN

Região no noreste da Ucrânia se tornou novamente palco de operações militares dos russos

O Departamento de Estado norte-americano descreveu a situação militar na Ucrânia como “incrivelmente grave”. As forças ucranianas têm sofrido derrotas dia após dia no campo de batalha no leste do país nos últimos meses e, com a ofensiva russa na região de Carcóvia, estão sofrendo pressão no norte. Antony Blinken, Secretário de Estado dos EUA, visitou a Ucrânia esta semana como gesto de apoio e afirmou: “Obviamente, a situação é incrivelmente grave”. Durante sua visita, anunciou um pacote adicional de ajuda no valor de US$ 2 bilhões em armas. Vedant Patel, porta-voz do Departamento de Estado, afirmou: “Sabemos que este é um momento desafiador, mas temos certeza de que a ajuda militar também fará uma grande diferença no campo de batalha”.

Os russos afirmaram que a Ucrânia teve sua chance em 2022, com a oportunidade de aceitar um acordo de paz com Moscou, no qual o país do leste europeu concordaria com a neutralidade e restrições à força de seu exército em troca de garantias de segurança. No entanto, Vladimir Zelenski optou por dar continuidade à guerra. O presidente ucraniano denuncia a escassez de ajuda financeira dos países estrangeiros, sem dar nomes aos bois, para não ferir a relação com os Estados Unidos. Zelenski, ao ser questionado pela ABC News se a culpa do fracasso em conter a ofensiva russa estaria relacionada aos EUA, respondeu que é “culpa do mundo”.

Moedor de carne humana

Apesar da ajuda dos países europeus e dos Estados Unidos, a Ucrânia tem sofrido perdas catastróficas. No último período, neste ano de 2024, o Ministério da Defesa ucraniano afirmou que 111.000 soldados ucranianos foram mortos. O presidente russo, Vladimir Putin, afirmou que a operação russa em Carcóvia está “progredindo conforme o desejado” e que a ofensiva é uma resposta aos ataques ucranianos a áreas residenciais nas regiões fronteiriças, incluindo Belgorod. Putin também afirmou, durante sua viagem à China, na sexta-feira (17), que está fazendo um cordão humanitário (“cordon sanitaire”) para proteger civis dos bombardeios “indiscriminados”, declarando que a Rússia não tem a intenção de capturar Carcóvia.

Falhas ucranianas

Segundo o jornal imperialista The Guardian, o Reino Unido chegou a avisar a Ucrânia dos ataques russos, porém o governo ucraniano não conseguiu se preparar a tempo e o despreparo ocasionou no avanço dos russos na região. Considerando que oficiais ucranianos também relataram uma concentração de tropas russas na área antes da ofensiva, “poder-se-ia esperar que o ataque fosse rapidamente repelido,” disse o The Guardian. No entanto, o jornal afirmou que as linhas de defesa ucranianas eram “finas ou ausentes”. A situação “muito séria”, conforme dito por Zelenski, obstaculizou a ida do presidente a Espanha e Portugal, buscando “desdobramentos” para contornar a crise na região ucraniana.

Crise do imperialismo

A ação de autodefesa russa, iniciada no dia 24 de fevereiro de 2022, colocou o imperialismo em uma situação extremamente delicada. As consecutivas derrotas do imperialismo abriram espaço para a Rússia, uma potência bélica, se rebelar contra o imperialismo. A ação mergulhou a Europa em uma crise econômica e energética, além de provocar crises internas nos variados países imperialistas. Após dois anos de guerra, a Rússia está dando passos marcados em direção à vitória, e com a operação Dilúvio de al-Aqsa contra o estado de “Israel”, desviou a atenção e, principalmente, o dinheiro que estava sendo diretamente enviado em armas e apoio à Ucrânia. A diminuição do dinheiro dos EUA e da Europa intensificou ainda mais a crise na Ucrânia, e a vitória russa será uma derrota acachapante do imperialismo.

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