Eleições paulistanas

Candidato das ONGs, Guilherme Boulos volta a atacar Venezuela

À Folha, funcionário do IREE demostra o limite de sua oposição ao fascismo e à extrema direita: as ordens do imperialismo a quem serveServiçal da ONG IREE (diretamente ligada ao se

Serviçal da ONG IREE (diretamente ligada ao serviço secreto norte-americano), o candidato à prefeitura de São Paulo Guilherme Boulos (PSOL) voltou a atacar o regime bolivariano, durante sabatina promovida pelo jornal golpista Folha de S. Paulo e seu portal na internet, o UOL. Ocorrida na última segunda-feira (9), a sabatina enveredou pela principal crise no subcontinente, ao que o homem que se esquivou de dar um posicionamento sobre o genocídio do povo palestino dizendo não ser “candidato a prefeito de Telavive”, declarou que o presidente reeleito Nicolás Maduro “não tem legitimidade”:

“Eu, como membro da esquerda, me posicionei dizendo que a eleição do Maduro está cheia de suspeitas de fraude e que, portanto, o governo não tem legitimidade”, afirmou Boulos, acrescentando também que o presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva (PT) também “não reconheceu o governo do Maduro”, disse, aproveitando a vacilação de Lula para somar forças com os EUA no ataque ao país vizinho.

A colocação de Boulos demonstra o problema com a confusão ocasionada pelo presidente Lula e sua política covarde, de aceitar as chantagens que sofre para renegar um aliado histórico do nacionalismo latino-americano como o movimento bolivariano, cujo grande líder no país vizinho, é o próprio presidente Maduro. A capitulação de Lula estimula elementos direitistas infiltrados na esquerda, caso Boulos a atacarem o líder nacionalista com mais firmeza, levando assim, mais confusão às fileiras da esquerda.

Ainda assim, o serviçal do IREE entende que ficar abertamente contra a Venezuela, como querem seus chefes, é problemático para alguém que precisa circular pela esquerda, “demonstrando contrariedade” com os questionamentos sobre o tema, segundo matéria da Folha sobre a sabatina. “A Venezuela está a 4.000 quilômetros de São Paulo”, disse o candidato psolista e ongueiro, acrescentando também: “minha posição sobre a Venezuela, assim como a de boa parte dos representantes da esquerda brasileira, já foi firmada de maneira muito clara, muito enfática inclusive”, concluiu.

Como um orgulhoso cachorrinho do imperialismo, a força social por trás dos ataques contra a Venezuela e o ministro golpista do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes, Boulos chegou a usar as manifestações da direita ocorridas em 8 de janeiro de 2023 como desculpa para justificar sua posição reacionária e fortemente pró-EUA. “A extrema direita que tentou dar golpe no 8 de janeiro e candidato que acha que o 8 de janeiro não foi golpe não tem autoridade moral para falar a respeito de democracia. Eu tenho, eles não têm”, disse, sem perceber a contradição em sua colocação.

Se os manifestantes de extrema direita tentaram “dar um golpe no 8 de janeiro” com aquela manifestação, como caracterizar a mobilização que vem sabotando o sistema energético, atacando simpatizantes do chavismo e do PSUV nas ruas e até mesmo ateando fogo em hospitais? Se o combate a extrema direita justifica toda sorte de loucuras e atentados aos direitos democráticos, deveria justificar também o apoio a Maduro, no mínimo. Contudo, a suposta luta antifacista de Boulos está subordinada a outra mais importante, da defesa da ordem imperialista, que no Brasil, está em campanha para disciplinar a extrema direita, mas finalmente, pertencem à mesma classe social, o que torna a divergência entre eles, uma questão menor, diante da oposição frontal aos trabalhadores e camponeses, pertencentes a outra classe social, o proletariado e o setor mais pobre da pequena burguesia.

A postura de Boulos reflete uma tentativa deliberada de alinhamento com os interesses dos EUA e de enfrentamento ao nacionalismo latino-americano. Ao acusar o presidente Maduro de não ter “legitimidade”, Boulos não apenas demonstra sua lealdade às ONGs vinculadas ao imperialismo, mas também seu ativismo para a desestabilização das forças progressistas na América Latina.

A intervenção de Boulos sobre a Venezuela ilustra uma manobra calculada para reforçar seu compromisso com os interesses dos EUA, ao mesmo tempo em que se distancia das bandeiras históricas da esquerda. A crítica direta ao governo Maduro expõe uma estratégia de impulsionar a submissão do campo político aos governos das nações desenvolvidas, destacadamente os EUA.

Esse comportamento demonstra uma estratégia deliberada para atender aos interesses dos monopólios do mercado mundial, concentrados sobretudo nos EUA e na União Europeia e responsáveis por atender esse setor, o mais poderoso da burguesia, em detrimento da população pobre e explorada. O mesmo Boulos que manifestou total indiferença aos crimes do sionismo na Palestina (o que na atual conjuntura, é um apoio envergonhado a “Israel” e à matança em escala industrial de mulheres e crianças pela ocupação sionista), une-se a criminosos como Gabriel Boric para atacar não apenas a Venezuela, mas o enfrentamento aos monopólios na região.

Eis o verdadeiro conjunto de interesses defendidos por Boulos. O dos bancos, das petrolíferas, dos governos norte-americanos e europeus. O Brasil e o povo brasileiro nada significam para ele.

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