No último dia 25 de junho, a direção da Caixa Econômica Federal apresentou uma proposta de “reposicionamento estratégico da sua rede de varejo”. Tal medida trata-se do fechamento de 128 agências bancárias em todo o território nacional, com a transformação de 117 delas em agências digitais, ou seja, fechamento das agências físicas, e o fechamento definitivo de 11 agências. Essa medida faz parte da política de reestruturação que a Caixa já vem implementando a um bom tempo que, na realidade, está prejudicando os seus funcionários e a população em geral, principalmente aquelas mais humildes, que necessitam dos serviços sociais do governo, tais como o bolsa família, bolsa escola, etc.
A direção da Caixa informa que 1.009 funcionários serão diretamente atingidos, sendo que aqueles que não forem para as novas agências digitais irão reforçar as agências físicas próximas ao seu local atual de lotação. Para aqueles mais incautos, pode parecer que a direção golpista da Caixa Econômica (lembrando que o atual presidente da Caixa é um apadrinhado do bolsonarista Arthur Lira (PP), presidente do Congresso Nacional, o mesmo que quer aprovar a prisão para as mulheres que realizarem o aborto legal, vítimas de estupro) é muito generosa com os seus funcionários, mas não faz muito tempo, inclusive, numa mesma gestão bolsonarista em 2020, com essa mesma proposta de reestruturação, medida essa que vai no sentido de pavimentar o caminho da privatização da Caixa, criaram um “Novo Modelo de Varejo” em que várias unidades do banco passaram por uma readequação, obrigando os seus funcionários, compulsoriamente, serem redirecionados para outras agências, em muitos dos casos longe dos seus locais de origem em outros municípios a escolha do banco e, se no caso do funcionário optasse em ficar no seu local de origem consequentemente perderam automaticamente as suas funções gratificadas, ou seja, os seus salários foram reduzidos.
É claro que com o Banco Digital da Caixa é um instrumento da inovação tecnológica no sentido de beneficiar os trabalhadores e a população em geral, mas, ao contrário disso, a realidade é o inverso. Por conta da tal “inovação” tecnológica, a categoria bancária vem a cada dia diminuindo o seu quadro funcional, jogando dezenas de milhares de trabalhadores no olho da rua e prejudicando a população, principalmente as mais humildes que moram nos rincões desse País e que precisam de uma agência bancária física para serem atendidas e, como um banco público, logicamente o Caixa deve cumprir essa função ao invés de estar fechando agências. Além disso, ocorre que sob a direção neoliberal da atual direção da Caixa Econômica, com essas medidas é mais um passo no sentido de aprofundar a oportunidade de privatizar mais um pedaço do banco, cujo objetivo é transformar o Banco Digital em mais uma subsidiária, como já fizeram com a Seguridade, Loterias e Cartões.
A atual reestruturação é mais um disfarce da privatização, que segue a todo o vapor, e a transformação de setores da Caixa em subsidiárias é uma estratégia dos golpistas, que continuam infiltrados nas instituições do governo sob o nome da famigerada Frente Ampla, de forma a destruir o patrimônio público no sentido de beneficiar banqueiros e capitalistas nacionais e internacionais e entregar as riquezas do povo brasileiro para meia dúzia de sanguessugas e, tais medidas seguem sem nenhum sinal de resistência real por parte das organizações de luta dos trabalhadores.
