O governo golpista de Ibaneis Rocha (MDB) no Distrito Federal mostra que o bolsonarista não tem política alguma para enfrentar a onda de epidemia que assola a Capital Federal, ao contrário disso, repete a mesma política genocida da época da pandemia da Covid-19 quando mais de 12 mil pessoas vieram a óbito em consequência da pandemia.
O que se viu naquele período foi um total descaso do governo local no sentido de evitar o contágio. Ônibus e metrôs lotados, falta de leitos hospitalares, a contratação fajuta dos hospitais de campanha, etc., foi o que se viu.
Agora, a história se repete. Como já não bastasse o surto de dengue em Brasília, cujos números são recordistas nacionais, não só no que se refere ao contágio, mas também ao número de óbitos. Mais de 20% das mortes em todo o Brasil em decorrência do contágio de dengue estão localizadas em Brasília, sendo o maior índice no número de contaminados quanto de mortes.
Brasília acende o sinal vermelho para uma nova epidemia no DF: a Chikungunya, que teve um crescimento de 191% de casos. Dados do boletim epidemiológico da Secretaria de Saúde, somente no mês de fevereiro deste ano já foram detectados 487 casos, em comparação ao mesmo mês do ano de 2023, 167 casos, o crescimento foi de 191,6%.
Segundo o sanitarista e professor do Departamento de Saúde Coletiva da Universidade de Brasília (UNB), a Chikungunya “mata mais do que a dengue e gera problemas de longo prazo, problemas crônicos”. (Metrópoles, 18/03/2024)
Para o sanitarista, “o DF precisa, urgentemente, adotar estratégias mais eficazes e recompor o quadro de profissionais da saúde, especialmente os Agentes de Vigilância Ambiental (AVAS), Agente Comunitários de Saúde (ACSs), estratégicos para a contenção dos focos do Aedes aegypti, transmissor da chikungunya, dengue e zica”. (Idem)
A taxa de ocupação de leitos de UTI já é de 100% e, logicamente, ocasiona casos como o menino de 10, João Miguel, que está com dengue hemorrágica e encontra-se hospitalizado no Guará e seu quadro pode evoluir para sepse generalizada, levando a complicações graves, precisando urgentemente de um leito de UTI infantil.
Conforme o último boletim epidemiológico do dia 4 de março, Brasília já registrou 120.625 casos prováveis de dengue, sendo que desses casos 78 vieram a óbito e 84 casos em confirmação. Naquela semana foram registrados 20 mil novos casos e a taxa de incidência da doença é classificada como alta em 28 das 35 regiões Administrativas do DF.
Mesmo com todo esse quadro, não há por parte do governo direitista de Rocha nenhuma iniciativa para reverter essa situação. Todos os anos, centenas de milhares de pessoas são contaminadas, centenas vão a óbito por complicações com a dengue e o sistema de saúde permanece um verdadeiro caos, com a falta de pessoal, leitos e vacinas.