Sobre a questão econômica Gradilone, embaixador brasileiro em Teerã, declarou que “em pouco tempo, teremos um adido agrícola trabalhando conosco na embaixada brasileira, que – entre outras coisas – e com os colegas iranianos ajudará a resolver questões sanitárias que dificultam desnecessariamente uma parte importante do nosso comércio bilateral”, concluindo que, em razão disto “o comércio [entre ambos países] certamente aumentaria ainda mais”.
Ao ser questionado sobre, mencionou ainda o desenvolvimento de uma moeda comum dos BRICS. No entanto, declarou que dará detalhes em momento posterior: “Teremos mais informações sobre isso quando a Rússia apresentar seu relatório de sua presidência rotativa após a reunião dos presidentes do BRICS no final do ano.”
No aspecto cultural, mencionou o desenvolvimento de um “projeto com a embaixada de Portugal e a Universidade Tabataba´í para criar um curso de língua portuguesa no Irã e o incentivo aos iranianos para terem mais informações sobre o Brasil e nossa cultura, e vice-versa”. Também destacou como um “projeto interessante a ser desenvolvido” o estabelecimento de “contatos e cooperação entre a imprensa de nossos países”.
Sobre a guerra na Palestina, e genocídio sionista contra o povo palestino, Gradilone disse que “as relações não são boas com a atual administração israelense”. Esclareceu que “estamos quase todos os dias condenando Israel por suas atrocidades em Gaza; expressamos nossa indignação em relação aos atos do atual governo israelense em todos os fóruns multilaterais”. Finalizou “expressando minha opinião de que a religião tem que ser um fator de união, não desunião e dissenso, entre os países. Em particular entre os países monoteístas onde a maioria da população segue o judaísmo, o cristianismo ou o islamismo”.
A entrevista foi feita pelo jornal iraniano Tehran Times.