Neste sábado (14), o general da reserva Walter Souza Braga Netto foi preso pela Polícia Federal (PF), alvo de um inquérito inconstitucional que investiga a tentativa de golpe de Estado em 2023. A prisão ocorreu no Rio de Janeiro, em Copacabana, e o ex-ministro da Casa Civil e da Defesa será mantido sob custódia do Exército, no Comando Militar do Leste.
Braga Netto é acusado participado da organização e execução das ações que resultaram na invasão dos três poderes em Brasília, em 8 de janeiro de 2023, por apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro. A Polícia Federal argumenta que o general foi o principal responsável pelo planejamento e coordenação de atividades ilegais, com o apoio de militares e civis, para tentar reverter os resultados da eleição de 2022 e manter Bolsonaro no poder.
As investigações apontam que Braga Netto teria financiado parte das operações golpistas, incluindo o repasse de dinheiro em uma sacola de vinho, e também estaria envolvido na tentativa de obter informações sigilosas relacionadas à colaboração do ex-ajudante de ordens de Bolsonaro, Mauro Cid. A PF também destaca que o general teria coordenado ações clandestinas que visavam a prisão e execução do ministro do Supremo Tribunal Federal, Alexandre de Moraes.
O inquérito grotesco, sob comando do próprio Alexandre de Moraes, tem como base uma série de ilegalidades. A primeira delas é assumir que houve uma tentativa de golpe em 8 de janeiro, quando, na verdade, houve uma manifestação, com pessoas desarmadas. A segunda é considerar que um plano – isto é, uma atividade meramente intelectual – consistiria em uma tentativa de assassinato.