O Botafogo voltou à liderança do Campeonato Brasileiro após a 4ª rodada da competição, vencendo seu maior rival, o Flamengo, em pleno Maracanã. O antigo templo do futebol, pintado de vermelho e preto pela torcida mandante, foi mais uma vez palco do espetáculo promovido pela massa compacta alvinegra, que comandou os gritos contra a “torcida de teatro”, como provocaram os torcedores botafoguenses durante a partida.
A volta do Glorioso à liderança ocorre após a maior pipocada da história do campeonato em seu formato de pontos corridos. Após liderar o Brasileirão por 30 rodadas consecutivas em 2023, o time da Estrela da Solitária deixou a liderança na 33ª rodada e ficou onze partidas consecutivas sem vencer no Brasileirão.
Em 2023, também foi uma vitória contra o Flamengo no Maracanã que deu a liderança para o Fogão, na 3ª rodada daquela edição. Dessa vez, no entanto, o Botafogo enfrentou um Flamengo de Tite que havia sofrido menos de cinco gols na temporada e que somente perdera uma partida — contra o Bolívar, durante a semana, na Libertadores com um time alternativo; e sem seu principal jogador, o artilheiro Tiquinho Soares, lesionado, e contra o descansado elenco titular rubro-negro.
Por esse motivo, a vitória foi heroica. Vencer o Flamengo é uma tarefa que poucos conseguem. Mas o Glorioso mostrou que, ressurgindo das cinzas deixadas pelo demolidor ano de 2023, voltou para brigar por títulos nessa temporada.
O Flamengo dominou o primeiro terço do primeiro tempo, sufocando o Botafogo, mas logo o calor desumano do Rio de Janeiro tratou de acalmar as coisas. A CBF cometeu um verdadeiro atentado contra os jogadores dos clubes cariocas e deveria ser acusada por tentativa de homicídio. É criminoso obrigar os jogadores a correr sob o sol abrasador do Rio de Janeiro no pico do meio-dia.
No segundo tempo, o Botafogo dominou completamente o Flamengo e, logo no início, Luiz Henrique, a contratação mais cara da história do futebol brasileiro, marcou um golaço de fora da área. Ao final da partida, Savarino fechou a conta nos acréscimos, marcando os segundo e último gol do Botafogo, que poderia ter vencido por 3 × 0 não fosse a defesaça do goleiro Rossi no chute de Jeffinho.