Em 2019, 18 anos após a derrubada das Torres Gêmeas, do World Trade Center, em Nova Iorque (Estados Unidos) no dia 11 de setembro de 2011, uma notícia muito importante passou despercebida para a maioria da população. Pela primeira vez, um órgão público dos EUA declarou como “inquestionável” que a destruição das três torres do WTC não foi apenas resultado dos impactos de aviões e incêndios, mas foram derrubadas com explosivos.
Os comissários dos bombeiros de Franklin Square e do distrito de Munson, perto de Queens, em 24 de julho daquele ano, aprovaram unanimemente uma resolução que solicita uma nova investigação sobre todos os aspectos do 11 de Setembro, citando “evidências esmagadoras” da presença de explosivos nas três torres. A resolução aponta que os comissários “apoiam totalmente uma investigação completa por parte de um grande júri federal e o processamento de todos os crimes relacionados aos ataques de 11 de setembro”.
O comissário Christopher Gioia afirmou, em entrevista, que o que ocorreu “foi um assassinato em massa”, destacando que “três mil pessoas foram assassinadas a sangue frio”. Foi ele quem redigiu e apresentou a resolução, afirmando que o histórico de seu departamento após os eventos daquele dia foi devastado, com morte e adoecimento de bombeiros. “Não vamos deixar nossos irmãos para trás”, disse Gioia, complementando: “Não os esquecemos. Eles merecem justiça e lutaremos por ela”.
A investigação oficial sobre o colapso do Edifício 7 foi realizada pelo Instituto Nacional de Padrões e Tecnologia (NIST), uma agência do Departamento de Comércio dos Estados Unidos. Apesar de alguns incêndios isolados, o prédio de 47 andares foi destruído simetricamente em menos de sete segundos. O NIST, porém, concluiu que os incêndios normais de escritórios foram responsáveis pelo colapso da estrutura.
Pesquisadores do AE911Truth (Arquitetos e Engenheiros pela Verdade do 11 de setembro), no entanto, forçaram o instituto a admitir que o prédio estava em queda livre por pelo menos um terço de seus sete segundos, o que só poderia ocorrer se todas as colunas de suporte colapsassem quase simultaneamente. Mesmo assim, o NIST mantém sua conclusão inicial.
Foi apresentada uma petição a Geoffrey Berman, procurador-geral do Distrito Sul de Nova Iorque, com evidências que contradizem a versão oficial de 11 de setembro. Ele concordou em cumprir a lei que exige que ele designe um grande júri especial para examinar as evidências, mas ainda não tenham respondeu à solicitação.
A AE911Truth, em março de 2019, apresentou uma ação contra o FBI, alegando que o órgão não avaliou as evidências do 11 de setembro das quais tinha conhecimento. No dia 3 de setembro, foi publicado um estudo sobre o Edifício 7 pela Universidade de Alaska Fairbanks (UAF). Os pesquisadores desenvolveram modelos computacionais com base nos planos originais do prédio para determinar se a explicação oficial para a destruição do Edifício 7 é válida e o teste falhou. Segundo o estudo, os incêndios não poderiam ter causado enfraquecimento ou deslocamento de membros estruturais capazes de comprometer qualquer das falhas locais hipotéticas que teriam causado o colapso total do prédio. As falhas, mesmo que tivessem ocorrido, não poderiam ter desencadeado o colapso total observado. Assim, eles concluíram que o colapso do WTC 7 foi devido a “uma falha total que envolvia a queda quase simultânea de todas as colunas do prédio e não a um colapso que envolvia a falha sequencial das colunas em todo o prédio”.
Essas ações nos EUA fazem parte de um movimento de oposição às guerras que se seguiram à queda das Torres Gêmeas, que foram desencadeadas com o pretexto do 11 de setembro. “Eu diria a todos que acreditam neste país que é hora de tomar uma posição; não podem deixar isso passar”, disse Gioia: “Se foram capazes de matar 3000 pessoas, o que farão agora?”
O caso das Torres Gêmeas levou o então presidente dos EUA, George W. Bush, a iniciar a chamada “guerra global contra o terror”. A política realizada por Bush, do Partido Republicano, resultou, desde 2001, segundo dados do relatório “Costs of War”, um projeto de pesquisa da Universidade Brown, à morte de cerca de 4,5 milhões de pessoas no Oriente Médio, no norte da África e na Ásia. Os EUA, com sua guerra ao terror, trouxeram pânico a centenas de milhões de pessoas ao redor do globo, inclusive aos cidadãos norte-americanos, com uma caçada feroz às liberdades individuais do povo estadunidense.
Após mais de duas décadas, o acontecimento levanta hipóteses de estudiosos que apontam contradições no atentado. O professor de história na American University, Peter Kuznick, em entrevista ao órgão de imprensa Sputnik, declarou que os EUA criaram as condições para que ocorressem os ataques, “Nós sabíamos exatamente quem essas pessoas eram e como eram suas organizações”. O co-autor de “A História Não Contada dos Estados Unidos”, afirmou que Washington fez “uma escolha deliberada” para “ajudar a criar” os militantes da Al-Qaeda que atacaram as torres gêmeas. “Os EUA de fato ajudaram a treinar, recrutar, armar e educar os extremistas islâmicos que depois se voltariam contra os Estados Unidos em 11/09”, disse Peter Kuznick.
O professor da American University não é o único especialista a contestar a versão oficial deste acontecimento. Pepe Escobar, por exemplo, diz que “a história oficial do 11 de setembro é cercada de furos, diversas publicações já explicitaram, muitas pessoas ao redor do mundo apontam contradições no atentado”. “Em um intervalo de cinquenta minutos, as duas torres gêmeas caíram, a torre atingida depois caiu primeiro. Do ponto de vista físico, isso é impossível”, afirma. Continuando, ela declarou: “O combustível do avião, para entrar no ponto de ebulição, precisa alcançar uma temperatura de 1.700 Fahrenheit, a resistência do aço é de 2.700, ou seja, combustível de avião é incapaz de derreter aço reforçado”.
Toda iniciativa de setores progressistas ao tentarem estudar o que aconteceu no dia 11 de setembro é acusada de “negacionismo” pelos monopólios de comunicação capitalistas. As teses apresentadas por esses setores procuram demonstrar que o atentado foi uma política de bandeira falsa dos Estados Unidos para se apropriar das riquezas naturais dos países com quem entrou em guerra ulteriormente.