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Palestina

Bombardeio israelense contra tendas deixa 11 mortos em Rafá

Ataques aéreos ocorridos no último dia 2 deixaram 92 mártires e 156 feridos

Nesse sábado (2), caças israelenses bombardearam tendas de palestinos deslocados em Rafá, perto do Hospital Emirati, matando 11 pessoas, incluindo crianças, e ferindo muitas outras, segundo informações da emissora libanesa Al Mayadeen.

Segundo a Al Mayadeen, ainda havia vítimas presas sob os escombros dos bombardeios até a noite de sábado. Porém, as equipes da defesa civil e as ambulâncias não conseguiam resgatá-las devido às forças sionistas, que impediam o resgate.

“O ataque atingiu diretamente uma barraca onde as pessoas buscaram abrigo, os estilhaços entraram no hospital onde eu e meus amigos estávamos sentados, sobrevivemos por um milagre”, disse uma testemunha à agência de notícias Reuters, que pediu para não ser identificada.

Com o restante do território da Faixa de Gaza sob ordens de evacuação, a população palestina está dramaticamente concentrada em Rafá, região localizada no extremo sul do território palestino, na fronteira com o Egito. Com apenas 64 km², Rafá é mais de duas vezes menor do que o bairro paulistano de Parelheiros (com 153 km²). Mesmo assim, mais de 1,4 milhão de refugiados vivem na região. A elevada densidade populacional torna os ataques com bombardeios ainda mais mortais, representando uma nova etapa da selvageria sionista contra o povo palestino.

Reagindo ao ataque, o chefe da Organização Mundial da Saúde, Tedros Adhanom Ghebreyesus, publicou mensagem no X (antigo Twitter), classificando-o como “ultrajante e indescritível”:

“Relatos de que tendas que abrigavam pessoas deslocadas em Rafá foram bombardeadas – supostamente matando 11 pessoas e ferindo 50, incluindo crianças – são ultrajantes e indescritíveis. Entre os mortos estão dois profissionais de saúde. Os profissionais de saúde e os civis não são um alvo e devem ser protegidos em todos os momentos. Instamos Israel a cessar fogo.”

Outras reações incluem a do presidente do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva, que, junto a outros chefes de Estado da Comunidade da América Latina e Estados do Caribe (Celac), divulgou um documento criticando a “intransigência refletida nas declarações do governo de Israel e do agravamento da crise humanitária em Gaza“. As declarações foram dadas durante a 8ª reunião de cúpula da Celac, que acontece em Kingstown, capital de São Vicente e Granadinas.

“As pessoas estão morrendo na fila para obter comida. A indiferença da comunidade internacional é chocante. Eu quero aproveitar a presença do nosso querido companheiro secretário-geral da ONU, António Guterres, para propor uma moção da Celac pelo fim imediato desse genocídio”, afirmou.

“Já são mais de 30 mil mortos. As vidas de milhares de mulheres e crianças inocentes estão em jogo. As vidas dos reféns do Hamas também estão em jogo”, disse o mandatário brasileiro. “A nossa dignidade e humanidade estão em jogo. Por isso é preciso parar a carnificina em nome da sobrevivência da humanidade, que precisa de muito humanismo”.

Além de Lula, governos de Antígua e Barbuda, Bahamas, Barbados, Belize, Bolívia, Colômbia, Cuba, Chile, Dominica, República Dominicana, Granada, Guiana, Haiti, Honduras, Jamaica, México, Nicarágua, São Cristóvão e Nevis, Santa Lúcia, São Vicente e Granadinas, Suriname, Trinidade e Tobago e Venezuela também assinam a declaração.

Já Argentina, Costa Rica, Equador, El Salvador, Guatemala, Panamá, Paraguai e Uruguai mantiveram-se fiéis ao imperialismo, não assinando o documento que denuncia “Israel”.

Ainda segundo a reportagem da rede Al Mayadeen, em um dos ataques ocorridos no dia 2, um drone israelense atingiu um carro civil, deixando vários feridos. No 148º dia da agressão israelense a Gaza, o Ministério da Saúde palestino relatou 10 massacres contra famílias na região. O trágico saldo inclui 92 mártires e 156 feridos apenas no sábado.

Desde o 7 de outubro, “Israel” já assassinou 30.320 palestinos e deixou outros 71.533 feridos, totalizando mais de 100 mil vítimas oficiais.

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