Na terça-feira (3), aconteceu mais uma importante mobilização da greve dos professores do Rio de Janeiro. Os professores lutam contra o Projeto de Lei 186/2024, que aumenta a carga horária dos professores e altera direitos como férias e licenças, e pela revogação da Lei 8666/2024, que amplia os contratos temporários na rede municipal para até seis anos.
A concentração se deu a partir das 11h na Praça da Candelária. A banca do PCO foi montada com diversos produtos e publicações em defesa da Palestina. No centro da praça começou a se formar a Bateria Popular Zumbi dos Palmares, que começou imediatamente o ensaio. Diversos professores e estudantes que havia levado instrumentos começaram a se unir na batucada.
Vinicius Rodrigues, o mestre de bateria, comentou: “estávamos acompanhando de perto a greve dos professores, participamos de uma coisa ou outra, mas ainda não tínhamos ido de forma mais organizada. Uma coisa que a gente reparou era que tinha uma bateria pequenininha, sem muito instrumento, sem muita organização, e, claramente, quando o movimento está radicalizado, que é o caso da greve, as pessoas estão furiosas. Nesse caso, estão furiosas com o Eduardo Paes, o prefeito fascista do Rio de Janeiro”.
Ele seguiu: “há um clamor por uma bateria, então a gente percebeu que seria muito bom se a gente levasse a bateria no Zumbi dos Palmares. O clamor era tanto que muitas pessoas tinham levado os instrumentos variados para o ato, então muitos chocalhos, algumas caixas, tamborins, quer dizer, tava todo mundo solto, mas não tinha aquela liga, aquela estrutura de bateria. A gente tinha surdos, tínhamos também o repique, poucas pessoas costumam tocar, e mais importante, a prática de organizar a bateria em manifestação”.
Por fim, Vinicius destacou: “precisamos fazer uma crítica aqui à atuação do sindicato, que não organiza de fato a mobilização. Eles inclusive tem uma bateria, mas ela fica desorganizada. Isso mostra que a direção do sindicato que não está levando essa luta a sério. Não está travando a. Luta como deveria travar. No dia de um grande ato nem se dá o trabalho de organizar a bateria que eles mesmos possuem”.