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'Israel'

Batalhão sionista é premiado pelos EUA por torturar palestinos

Após anunciar sanções contra batalhões como o infame Netzah Yehuda, Biden recua; The Grayzone mostra que tipo de escória foi indultada pela Casa Branca

O batalhão  Netzah Yehuda é uma unidade das forças armadas de “Israel” que opera em Ramalá, onde é acusado de uma infinidade de crimes hediondos, incluindo agressão sexual e espancamento de pelo menos três homens idosos até a morte enquanto estavam deitados no chão sob custódia. Fora da Palestina, o batalhão é conhecido pelo assassinato de Omar Abdelmajed Assad, palestino-americano, de 78 anos.

Ocorrido com requintes de extrema crueldade, o crime ocorreu em 12 de janeiro de 2022, quando o idoso fora preso pelo batalhão israelense em um posto de controle na vila de Jilijliya, ao norte de Ramalá, na Cisjordânia. Assad foi algemado, amordaçado e forçado a deitar de bruços por um período entre 20 minutos e uma hora, morrendo de uma parada cardíaca induzida por estresse, um homicídio chocante que levou o governo sionista a tentar subornar a família americana de Assad com 141 mil dólares, em uma tentativa frustrada de tentar abafar o caso.

Apesar desse histórico de barbáries comprovadas, o governo dos Estados Unidos suspendeu planos de aplicar sanções contra batalhões sionistas notoriamente criminosos após protestos do primeiro-ministro de “Israel”, Benjamin Netaniahu. Trata-se de um recuo ante a posição anunciada em 25 de abril, quando os EUA anunciaram a possibilidade de impor sanções ao batalhão. Na ocasião do anúncio de que este e outros batalhões sionistas poderiam ser sancionados pela Casa Branca (sede do governo norte-americano), Netaniahu reagiu de maneira enérgica:

“Se alguém achar que pode impor sanções a uma unidade do [exército israelense], lutarei contra isso com todas as minhas forças”, declarou o chefe sionista. O ministro do gabinete de guerra Benny Gantz também expressou sua opinião contra as possíveis sanções, declarando ter “grande apreço por nossos amigos americanos, mas a decisão de impor sanções a uma unidade do exército israelense e a seus soldados estabelece um precedente perigoso e transmite a mensagem errada a nossos inimigos comuns em tempos de guerra”, publicou no X.

“Esse é um processo contínuo”, declarou Vedant Patel, porta-voz do Departamento de Estado a repórteres durante coletiva de imprensa, acrescentando ainda: “não vou falar sobre isso mais especificamente, mas, conforme o memorando de entendimento que temos com o governo de Israel, estamos consultando-os no que se refere não apenas a esse processo mais amplo, mas às informações adicionais que eles compartilharam”, concluiu.

Um autoproclamado soldado do infame batalhão Netzah Yehuda, das forças armadas de “Israel”, detalhou o assassinato de Omar Assad, em gravações obtidas pelo sítio norte-americano The Grayzone (“‘Israeli soldier’ from notorious unit confesses to US citizen’s killing”, Max Blumenthal, Christopher Weaver, 21/5/2024) e que revelam que tipo de monstro foi indultado pelo governo norte-americano. Na gravação divulgada por The Grayzone, o soldado não identificado diz: “esse velhote [Assad] que está tentando interferir em nossa operação, vamos f*der ele por uma noite”. Segundo o dito soldado, a ideia era deixá-lo preso ao relento em uma noite fria e, após a tortura, soltar o idoso. “Era uma ideia meio retardada”, diz, “porque, obviamente, um homem de oitenta anos não aguentaria. Então, não, não deu certo”.

No mesmo registro, o sionista chama palestinos de “assassinos, animais criminosos”, orgulhando-se de matar e torturar palestinos, dizendo gostar de barbarizar suas vítimas e comparando a si mesmo, e aos membros de sua unidade, aos soldados norte-americanos que se fotografaram com soldados japoneses mortos durante a Segunda Guerra Mundial, “fazendo coisas engraçadas com seus corpos”, gaba-se. “Sim, eu gosto disso porque eles são nossos inimigos”, declara.

“Cara”, disse o soldado na continuação da gravação, “meu batalhão inteiro está cheio de pessoas como eu”, acrescentando: “nós odiamos homossexuais. Todos nós somos racistas. Chamamos uns aos outros de criolos [nigger, no original em inglês] na metade do tempo, cara. Todos nós, tipo, nos referimos uns aos outros pelo nome. Dizemos: ‘Ei, criolo, me dá isso. Ei, criolo, você pode me ajudar?’”

The Grayzone informa que o soldado não revelou o nome, apenas enviou uma foto de um traje militar e um rifle, e participava do bate-papo no Discord com o nome Spremnost#9005, usando o nome do boletim semanal de propaganda do movimento Ustasha, na Croácia, um grupo de colaboradores fascistas no país do Leste europeu, responsável pelo estabelecimento de um governo fantoche do nazismo durante a Segunda Guerra Mundial.

O sítio norte-americano responsável por expor o vídeo com as declarações nazistas informa não conseguir verificar a identidade do soldado israelense, que alega ter testemunhado o assassinato do idoso norte-americano-palestino, mas destaca: “o relato detalhado e totalmente espontâneo que ele forneceu sobre o assassinato de Assad e seu próprio papel em Netzah Yehuda dão credibilidade ao seu testemunho.”

Conforme destava o órgão norte-americano, “a declaração foi feita durante uma série de discussões entre o suposto soldado e um ‘artista de IA’, e ativista solidário da Palestina, no sítio de bate-papo de mídia social Discord”. “O ativista”, continua a matéria, “gravou as conversas e as forneceu ao The Grayzone em 8 de junho de 2022, poucas horas após publicar uma parte da confissão no [sítio norte-americano] Reddit. Sua própria voz não pôde ser ouvida porque eles documentaram as trocas com um aplicativo de captura de tela”, conclui.

The Grayzone destaca também que o dito soldado fala inglês “com sotaque norte-americano”, dizendo ter sido destacado para “o 97º Batalhão Netzah Yehuda na 900ª Brigada Kfir na 99ª divisão de paraquedistas”. “Meu batalhão”, diz o israelense, “é um batalhão especificamente religioso que está sendo investigado pelo governo. Meu batalhão – o batalhão ID seven Netzah Yehuda – está sendo investigado pelo governo dos Estados Unidos por violações das leis de guerra, a fim de potencialmente aplicar a nós o que é chamado de Lei Leahy”, acrescentou, conforme a gravação que pode ser vista abaixo:

O recuo do governo Biden em sancionar mesmo israelenses notoriamente criminosos demonstra que só a luta armada, tal como travada pela Resistência Palestina, pode por um fim à barbárie sionista contra o povo palestino. As potências imperialistas sequer conseguem implementar sanções contra soldados israelenses, tamanha a dependência que a ditadura dos monopólios tem das monstruosidades cometidas por “Israel” e que só podem ser superadas pela força do povo palestino em armas.

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