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Meio ambiente

Barroso: que o Brasil volte a ser uma selva de aborígenes

Enquanto o imperialismo está em guerra pelo controle e exploração do petróleo em todo planeta, serviçais da burguesia querem o fim da exploração no Brasil

Na última quarta-feira (5), no dia que é considerado o Dia Mundial do Meio Ambiente, o presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Luís Roberto Barroso, inaugurou uma exposição sobre o tema na Corte. A exposição “Amazônia Viva” ficará aberta no Supremo até 30 de junho, e as visitas ocorrerão todos os dias da semana, inclusive aos sábados e domingos. Trata-se de um filme em 4D, visto através de óculos virtual, sobre um passeio no Rio Tapajós, no Amazonas.

O ministro se utilizou da catástrofe no Rio Grande do Sul – culpa dos governos neoliberais inimigos da população – para tentar destacar a importância de se preservar o meio ambiente e o que eles consideram também como “o fim do negacionismo” para tratar das questões climáticas. Segundo Barroso, o estado do sul “foi escolhido para tocar esse alarme”.

“A natureza dá um alerta para o Brasil e para o mundo com a tragédia que está ocorrendo no Rio Grande do Sul. Acho que, tragicamente, o Rio Grande do Sul foi escolhido para tocar esse alarme para as novas gerações e as gerações atuais”, disse.

A imprensa golpista está fazendo uma campanha gigantesca em torno da exposição. Amazônia Viva é um projeto da Iniciativa Inter-religiosas pelas Florestas Tropicais (IRI Brasil), cuja descrição é “plataforma de ação colaborativa criada pela Organização das Nações Unidas (ONU) para que líderes e comunidades religiosas possam contribuir para preservar as florestas e a biodiversidade e promover os direitos de seus guardiões”. Já foi exibida no Rio Innovation Week, em 2022, e na Conferência do G20, em maio deste ano.

Essa campanha da imprensa ligada ao imperialismo vem em um momento onde o governo brasileiro está em uma disputa direta com a própria ministra do Meio Ambiente para que a Petrobrás possa explorar petróleo na Margem Equatorial. A serviço do imperialismo, Marina Silva afirma que não podemos mais explorar petróleo, pois essa atividade econômica estaria afetando o meio ambiente. E o evento em questão serve para reforçar justamente esse tipo de alegação.

Além disso, cabe notar que a imprensa burguesa, orquestrada por ONGs imperialistas, está renovando sua campanha “em defesa do meio ambiente” logo no momento em que o presidente Lula, que já afirmou ser a favor da exploração do Petróleo na Margem Equatorial, trocou a presidência da Petrobrás. Magda Chambriard também é a favor da exploração na Foz do Amazonas, e já deu indícios de que levará esse projeto adiante. 

Um dos maiores apoiadores da Lava Jato no Brasil, que devastou a economia do País, Barroso também pensa como a empregada de Soros. Em sua fala durante o evento, ele diz claramente que o Brasil não tem condições de ser uma liderança industrial ou tecnológica e que deveria assumir uma liderança ecológica. Segundo o ministro, essa seria uma forma de estancar a crise climática:

“Nós não temos condições de ser uma liderança industrial. Espero que possamos vir a ser. Não temos condições de ser uma liderança tecnológica, e espero que a gente possa vir a ser. Nós temos todas as condições de ser a grande liderança ecológica do mundo, e acho que nós temos de ocupar esse espaço e assumir esse papel”, reforçou Barroso.

Finalmente, Barroso acredita que os brasileiros são verdadeiros neandertais, incapazes de ter indústrias e tecnologia. Do mesmo lado, está Marina Silva e a imprensa golpista a serviço da burguesia e das grandes petroleiras internacionais, trabalhando arduamente para que o Brasil deixe o petróleo para trás. Enquanto o imperialismo continua invadindo territórios em todo o planeta atrás do “ouro negro”, estes serviçais do grande capital querem que o Brasil volte a ser uma selva cheia de índios.

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