Com a promoção da política neoliberal de privatização do governo bolsonarista da Capital Federal, Ibaneis Rocha, que já entregou a preços de banana o patrimônio do povo de Brasília tais como a Cia Energética de Brasília (CEB), o Estádio Mané Garrincha, o Ginásio Nilson Nelson, o Parque Água Mineral e, mais recentemente a Rodoviária do Plano Piloto, o governo do DF através do seu presidente à frente o Banco Regional de Brasília (BRB), Paulo Henrique, desfechou mais um ataque aos trabalhadores do banco nesta Campanha Salarial arrochando os salários dos seus funcionários, e piorar as já precárias condições de vida dos regiobancários, para favorecer aqueles para quem o governador Ibaneis representa: os banqueiros e os grandes capitalistas.
Na votação, realizada pelas direções sindicais, para a aceitação ou não da proposta dos banqueiros, não poderia ter sido diferente, os regiobancários de Brasília deram um sonoro NÃO a mais esse arrocho salarial que, inclusive, devido à política de capitulação da burocracia sindical, se fosse aceito, poderia vigorar por dois anos, por conta dos famigerados acordos bianuais.
Não é por um acaso que os trabalhadores do BRB não aceitaram as migalhas jogadas nas mesas de negociações com os patrões em reajustar os salários em apenas 4,64% (3,91% INPC + 0,7% de “ganho real”) em 2024 e 0,6% de “ganho real” em 2025, sendo que a maioria dos bancários se encontram hoje superendividados, ou seja, com a corda no pescoço. Há, inclusive, uma negociação com a direção do banco para que se tenha um plano de equacionamento das dívidas dos seus funcionários, mas é claro que nada caminha para uma solução que beneficie os trabalhadores.
Os interesses dos patrões em explorar cada vez mais os trabalhadores, chega ao cúmulo de condicionar o pagamento da PLR (Participação nos Lucros e Resultados) ao atingimento de metas por parte do funcionalismo, metas esses que tem levado os bancários literalmente à loucura (a categoria bancária se encontra hoje no topo do ranking de trabalhadores com problemas de saúde psíquicas: estresse, depressão, síndrome do pânico, etc.), ou seja, a questão da PLR está diretamente ligada ao aumento da exploração dos trabalhadores.
Isso sem falar nas denúncias que rondam os corredores da empresa de que a direção do banco vem sistematicamente maquiando os prejuízos do banco transformando-o em lucro recorrente e, se verificado realmente os prejuízos, logicamente que os bancários do BRB serão os responsabilizados por esses parasitas que hoje controlam a empresa. É claro que a contabilidade do banco ficará fechada a sete chaves para o conhecimento dos regiobancários e da população.
Se realmente for verdade que a situação do BRB de estar deficitária, o que estará por vir é o aprofundamento dos ataques do governo golpista de Ibaneis Rocha, para que não se investigue as várias denúncias de falcatruas realizadas pela administração do seu amigo particular à frente do banco. Paulo Henrique se encontra sob investigação por diversas irregularidades financeiras, tais como a utilização de recursos do banco para investimentos em relação à compra de times de futebol, parceria com empresas com históricos duvidosos, etc.
Os trabalhadores do BRB sabem muito bem, e a rejeição da proposta dos banqueiros é um exemplo disso, que o governo do DF está voltado para a aplicação da defesa dos interesses do grande capital nacional e internacional em oposição aos interesses dos trabalhadores e da maioria da população.
Até quando fechávamos esta edição do DCO, o Comando de Negociação dos Trabalhadores e a direção do BRB continuavam em mesa para uma nova negociação. Saindo ou não novas propostas, será realizada uma nova assembleia dos trabalhadores para discutir e deliberar os rumos da campanha salarial.
Os trabalhadores do BRB não podem depositar nenhuma confiança nos seus inimigos históricos, ou seja, os banqueiros e lutar por uma verdadeira alternativa classista, cuja vitória se dará com a unidade de toda a categoria no sentido de rejeitar as propostas miseráveis dos patrões e organizar uma gigantesca mobilização para barrar a ofensiva reacionária dos patrões.