Campanha Salarial

Bancários do BB do Rio passam por cima das direções: é greve!

A reação dos bancários do Rio de Janeiro e de outros estados, que também rejeitaram as propostas, revela o grau de insatisfação da categoria bancária como um todo

Mesmo com toda a campanha da burocracia sindical no Comando de Negociação de defender a proposta miseráveis dos banqueiros nesta Campanha Salarial da categoria, proposta essa que reajusta, os já miseráveis salários dos trabalhadores, em apenas 0,9% acima da inflação oficial, os bancários do Banco do Brasil do estado do Rio de Janeiro rejeitaram a proposta e aprovaram o estado de greve. Haverá nova assembleia extraordinária nesta sexta-feira (13) de forma presencial para deliberar e organizar a paralisação a partir do dia 16 de setembro as atividades do banco por tempo indeterminado.

Para o presidente do Sindicato dos Bancários e Financiários do Rio de Janeiro, José Ferreira, os funcionários do Banco do Brasil estão convocados a organizar a greve. “Na base do Sindicato do Rio de Janeiro, bancários e bancárias rejeitaram as propostas de ACT da Caixa e do Banco do Brasil. Agora os colegas estão convocados a participar da construção e organização da greve” e finaliza dizendo que “é preciso também que haja diálogo em todas as unidades para que possamos fazer uma greve grande e com forte adesão”. (Site bancariosrio 11/09/2024)

Vale salientar que o grau de insatisfação, não só dos trabalhadores do Banco do Brasil do Rio de Janeiro, mas de toda a categoria bancária nacionalmente, em relação às propostas de arrocho salarial dos banqueiros para essa Campanha Salarial, é altíssima. Eles só conseguiram a aprovação da Convenção Coletiva de Trabalho (CCT) e das ACT’s (Acordo Coletivo de Trabalho), acordos específicos dos diversos bancos, porque contam com a política de colaboração das direções sindicais nos estados e do Comando de Negociação, formado pelos sindicalistas de diversas bases territoriais. 

A decisão dos bancários do Rio de Janeiro é o sentimento de toda a categoria, que acabou tendo que engolir a seco as propostas dos banqueiros, já que as suas direção defenderam as propostas com as mesmas justificativas das campanhas salariais passadas: “a conjuntura é adversa”; “avanço da extrema direita”; “risco do TST”; “os banqueiros vão pôr fim à CCT”; etc. e tal.

Fizeram isso sem a participação efetiva da categoria. Utilizam do método que mais lhes convém, quando eternizaram a famigerada assembleias virtuais onde o trabalhador somente vota sim ou não na proposta e, logicamente, com uma baixíssima participação.

A aceitação das propostas dos banqueiros contou com a política de colaboração de entidades dos trabalhadores (Anabb, Contec, Contraf) através de uma intensa campanha a favor do “sim” nas mensagem nos e-mails, redes sociais, sites; com a distribuição de centenas de milhares de panfletos distribuídos nos locais de trabalho, além, é claro, de comunicados internos diários emitidos pelos bancos, pressão de gerentes e administradores, etc. – pois sabiam muito bem que havia um sentimento dos trabalhadores de muita repulsa às propostas dos banqueiros.

A reação dos bancários do Rio de Janeiro e de outros estados, que também rejeitaram as propostas, revela o grau de insatisfação da categoria bancária como um todo, que terá os seus salários arrochados por mais dois anos e, sabem muito bem que os ataques dos banqueiros através do arrocho salarial, demissão em massa, assédio moral para atingimento de metas permanecerá do mesmo jeito nos próximos períodos. 

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