Depois da Cooperforte que, em mesa de negociação dando continuidade às tratativas em relação às pautas de reivindicações da campanha salarial da categoria, cuja data base em setembro, nega a atender todas as reivindicações dos trabalhadores; agora, foi a vez da Acrefi (Associação Nacional das Instituições de Crédito, Financiamento e Investimento). Esta ignorou olimpicamente todas as pautas de reivindicações dos seus trabalhadores na mesa de negociação específica junto à Contraf/CUT (Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro), na última terça-feira (30).
Segundo informações da entidade representativa dos trabalhadores, a empresa “não cumpriu o combinado e não apresentou uma proposta global em resposta à pauta de reivindicações do Coletivo Nacional dos Financiários da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf/CUT), na tarde desta terça-feira (30), em São Paulo” (Site Sindicato dos Bancários de Dourados Região MS).
Os banqueiros das instituições financeiras, mais uma vez, mostraram as suas garras negando as reivindicações da categoria, mesmo sendo reivindicações ultra rebaixadas devido à política de capitulação das direções sindicais, cujas propostas são: o famigerado acordo de dois anos com “um reajuste salarial que cubra a inflação medida pelo INPC, de junho de 2023 a maio de 2024, e de junho de 2024 a maio de 2025, acrescido de 5% de aumento real” (idem).
Ou seja, pelo andar da carruagem, os banqueiros preparam o mesmo golpe na campanha salarial passada, cujas propostas apresentadas pela direções sindicais são idênticas, e a categoria acabou amargando mais um arrocho salarial com a proposta apresentada pelos banqueiros que não cobriu nem a inflação do período.
As negociações com as instituições financeiras e a recusa dos mesmos em atender às reivindicações dos trabalhadores, mesmo sendo ultra rebaixadas, não deixa dúvida de quanto os banqueiros estão dispostos a continuar lucrando às custas da superexploração dos trabalhadores. Somente uma luta dura da categoria bancária, contra essa ofensiva reacionária, poderá barrar esses ataques.
É necessário que os bancários exijam das suas direções a formação de comitês de luta em cada agência e dependência bancária, no sentido de organizar uma gigantesca mobilização de toda a categoria, nesta campanha salarial, para que as suas legítimas reivindicações sejam atendidas.