Campanha Salarial

Bancários: Acordo de 2 anos foi mais uma derrota para a categoria

As direções sindicais se renderam mais uma vez aos banqueiros com a assinatura do famigerado acordo bianual

A Campanha Salarial dos Bancários, neste ano de 2024, foi mais uma derrota para a categoria; derrota essa que foi dada devido à política de capitulação das atuais direções sindicais, que vem sistematicamente levando os trabalhadores bancários a uma situação de piora das suas já precárias condições de vida, através da política dos banqueiros de arrocho salarial, demissão, terceirização, assédio moral para atingimento de meta, etc.

A burocracia sindical, canta vitória (sabe-se lá para quem) quando defendem e aprovam um acordo com os banqueiros, em que somente esses, parasitas da economia nacional, saem ganhando. 

Nenhum bancário é otário suficiente para achar que ter 0,9% de aumento nos salários pode ser considerado uma “vitória” para os trabalhadores, quando todo mundo sabe que as perdas salariais da categoria são muito maiores (em alguns bancos passam de 30%), isso sem falar no piso da categoria bancária (com o novo acordo foi para R$ 3.197,00) que é ridículo se comparado com os lucros dos banqueiros.

Além disso, e, pior ainda, as direções sindicais, representada pelo Comando de Negociação, se renderam mais uma vez aos banqueiros com a assinatura do famigerado acordo bianual, ou seja, com validade de dois anos. Segundo a burocracia sindical, “para 2025, o aumento real também está garantido. O reajuste bancário será composto da reposição da inflação (INPC), mais ganho real de 0,6% sobre salários e todas as demais verbas“. (Site bancáriossp 11/09/2024)

Com isso, em 2025 não haverá Campanha Salarial e os bancários ficam obrigados a aceitar mais essa migalha de 0,6% (realmente uma fortuna) que, sempre é bom salientar, o INPC oficial não revela a inflação que verdadeiramente consome o bolso do trabalhador e, com certeza os bancários terão mais uma vez os seus vencimentos arrochados. Isso sem falar nas questões das demissões, terceirizações, descomissionamento, assédio moral, etc. que estarão na ordem do dia para os banqueiros, ao longo desse período, e a categoria ficará engessada pelo acordo de dois anos e não poderá reivindicar mais nada até setembro de 2026. 

Trata-se da mesma política de arrocho salarial nos vencimentos da categoria, resgatando a política salarial da famigerada era FHC (PSDB) de abonos (hoje mascarada de Participação nos Lucros), que levou à maior defasagem dos salários da categoria de todos os tempos.

Uma das questões fundamentais para os trabalhadores é justamente combater essa política de capitulação das atuais direções das organizações dos trabalhadores, através de mobilização nas ruas, com a perspectiva de uma direção classista e de luta que represente de fato os interesses da categoria. Unir todos aqueles dispostos a agrupar um ativismo, contra os patrões e seus asseclas, que, de fato, organizem uma mobilização que represente os interesses e a vontade das bases das categorias.

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