Desde o final de janeiro, a Polícia Militar de São Paulo, a mando do governador Tarcísio de Freitas (Republicanos), está praticando um banho de sangue na região da Baixada Santista. Até agora, mais de 40 pessoas já foram assassinadas no que se tornou a segunda maior chacina da história do estado, atrás apenas do Massacre do Carandiru.
O funcionamento da PM no caso dessa chacina é o mesmo de sempre: inventam uma desculpa para justificar o assassinato (o “bandido” estava com uma arma, atirou contra a polícia etc.). Entretanto, para a infelicidade dos agentes fascistas de Tarcísio, familiares daqueles que foram assassinados na região estão denunciando o terror causado pelos policiais na Baixada Santista.
Uma família, por exemplo, denunciou que a PMESP executou um jovem cego. Mais absurdo ainda, de acordo com os familiares, a vítima não só não possuia envolvimento com o crime, como estava dentro de casa.
A residência do jovem, por sua vez, foi invadida por policiais da ROTA sem câmeras nos uniformes e de fuzis em mão. Os soldados, então, foram até o cômodo onde ele estava, conversando com um amigo, e dispararam contra os dois, que morreram.
Com apenas 24 anos, o jovem assassinado pela PM era cego de um olho e possuia apenas 20% da visão do outro. Por isso, ele não conseguia enxergar nada a mais de 30 centímetros de distância.
Os policiais de Tarcísio ainda tentaram justificar a truculência, afirmando que entraram no imóvel em decorrência de uma denúncia de tráfico de drogas e que houve reação. A família nega categoricamente a versão da polícia, apresentando documentos médicos que confirma a cegueira do jovem, decorrente de uma doença ocular chamada ceratocone bilateral avançado.