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Petróleo

Avançar na exploração da Margem Equatorial

Nessa quarta-feira (12), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva defendeu que é preciso desenvolver o Brasil por meio da Petrobrás

Nessa quarta-feira (12), em discurso feito durante o FII Priority Summit, evento organizado pelo Instituto Iniciativa de Investimento no Futuro (Future Investment Initiative Institute), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva defendeu que o Brasil deve explorar o petróleo na Margem Equatorial.

“Queria dizer aos meus companheiros sauditas, ministros e empresários de forma muito taxativa. A nossa Petrobras está quase disputando com a Aramco [petrolífera saudita]. Na hora que começarmos a explorar a Margem Equatorial, vamos dar um salto de qualidade extraordinária. Queremos fazer tudo legal, respeitando o meio ambiente, mas não vamos desperdiçar nenhuma oportunidade de crescer”, disse Lula.

Após o evento, o presidente brasileiro ainda conversou com alguns jornalistas e ressaltou a importância de iniciar a exploração na região. Estimativas da Petrobrás mostram que a Margem Equatorial pode ser o “novo pré-sal” em termos de quantidade e qualidade de petróleo. A petrolífera brasileira afirma que a região pode conter 5,6 bilhões barris de petróleo, quase metade dos 12 bilhões de barris do pré-sal.

“Você tem petróleo em um lugar, a Guiana está explorando, Suriname e Trinidad e Tobago também estão, e você vai deixar o seu sem explorar? O que temos que fazer é garantir que a questão ambiental será levada 100% a sério”, disse.

Este foi o primeiro evento que Lula participou ao lado de Magda Chambriard, nova presidente da Petrobrás. Desde que ocupou o cargo, após a demissão de Jean Paul Prates, Chambriard tem indicado que vai trabalhar no sentido de garantir a exploração da Margem Equatorial. No FII Priority Summit, ela deu declarações que também mostram essa política, afirmando, por exemplo, que o “maior foco” do governo “é petróleo e gás”.

“Vamos usar o poder de todos os recursos brasileiros para investir em um pacote pensando na sociedade brasileira. Mais de 50% da energia no mundo está baseada em combustíveis fósseis. É momento de tirar proveito disso, diversificar a matriz energética do Brasil. Nossos recursos são vastos.

[…]

Não há dúvida de que temos espaço para investir em oferta de energia e infraestrutura relacionada. A Petrobrás vai apoiar isso. Mas a ideia é levar, mover a Petrobrás a apoiar o Brasil em seu desenvolvimento”, afirmou.

Magda Chambriard, entretanto, não se limitou a dar declarações. Depois que assumiu a presidência da Petrobrás, a empresa anunciou a reabertura da Fábrica de Fertilizantes (Fafen) de Araucária, fechada durante o governo Bolsonaro em um crime que contou com a cumplicidade do governador do Paraná, Ratinho Junior.

“Serão imediatamente iniciados todos os procedimentos necessários à retomada da fábrica, incluindo a publicação dos editais para contratação de serviços de manutenção e de materiais críticos. Com a decisão, a Petrobrás autoriza também que a Ansa celebre acordo e efetue a contratação dos antigos empregados, condicionada à homologação do acordo pelo Tribunal Superior do Trabalho (TST). A previsão é que a operação seja reiniciada no segundo semestre de 2025”, diz o comunicado da Petrobrás.

No começo do mês, outro membro do governo federal deu declarações em defesa da exploração de petróleo na Margem Equatorial. Alexandre Silveira, ministro de Minas e Energia, afirmou, no dia 3 de junho, que o Brasil precisa “se espelhar” na velocidade com que a Guiana avançou na exploração petrolífera na região.

“O que eu quis dizer é que a Guiana avançou de maneira muito célere nesta região geológica, que divide com o Brasil. Isso demonstra de maneira inequívoca que a Guiana tem mérito em atrair tantos investimentos nesta áreas. […] Precisamos até nos espelhar na velocidade que teve a Guiana de atrair tantos investimentos

[…]

O que eu tenho lutado é para que o Brasil possa, respeitando a legislação ambiental, avançar na exploração da Margem Equatorial”, afirmou Silveira em entrevista à emissora norte-americana CNN.

Está mais do que claro que o governo quer seguir adiante com a exploração da Margem Equatorial. Entretanto, esse plano não é concretizado por conta das pressões que o imperialismo faz contra Lula e seus ministros.

De dentro do governo, temos Marina Silva, ministra do Meio Ambiente, que chegou a utilizar o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente (Ibama) para impedir a exploração petrolífera na região. Do lado de fora, há a pressão do capital financeiro, dos acionistas da Petrobrás. Estes vampiros, que nem mesmo moram no Brasil, querem que a empresa esteja a serviço de seus lucros, e não do desenvolvimento nacional.

A imprensa burguesa, ao mesmo tempo, fortalece essa campanha como um todo, utilizando a demagogia em relação à preservação do meio ambiente para criticar o governo Lula e suas tendências a desenvolver o País.

Está mais do que na hora de começar a explorar as enormes riquezas na Margem Equatorial. O Brasil precisa se desenvolver e o “ouro negro” que pode existir na região é essencial para que isso aconteça.

Nesse sentido, Lula deve se apoiar naqueles que querem que a Margem Equatorial seja explorada e impulsionar uma ampla mobilização para que nenhuma gota de petróleo brasileiro fique debaixo da terra.

Ao mesmo tempo, tal mobilização, que deve ser feita por meio das organizações populares brasileiras, como a Central Única dos Trabalhadores (CUT), o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) e os partidos políticos, deve reivindicar uma Petrobrás 100% estatal e um controle operário sobre a Petrobrás.

Esta é a única forma de garantir a exploração das riquezas que são propriedade do povo brasileiro e garantir que o que é produzido pela Petrobrás, seja em termos de capital, seja em termos de petróleo, seja utilizado única e exclusivamente para o desenvolvimento nacional.

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