A lei nº 22.537/2024 do estado de Goiás entrou em vigor, ou seja, a partir de agora as mulheres goianas ou que estejam vivendo naquele estado, ou de passagem por lá, serão obrigadas a se submeter a sessão de tortura psicológica para tentar impedi-las de exercer o seu direito garantido pela lei de abortar nos casos previstos por ela.
Mesmo que a mulher tenha sido estuprada, que o feto sofra de anencefalia, ou que a continuação da gravidez possa representar risco para a mãe, ainda assim, a mulher, que pode ser inclusive uma criança ou adolescente, será obrigada a ouvir os batimentos do coração do feto.
O objetivo é pressioná-la emocionalmente e moralmente a continuar a gravidez e dar à luz custe o que custar, mesmo que ela morra em decorrência de uma intercorrência ocorrida antes, durante ou após o parto.
A vida da mulher pouco importa, e do feto também, já que se vier a nascer carregara consigo o trauma de ter causado a morte da mãe, isso se não morrer por falta de assistência antes de atingir a idade para der consciência disso.
O estado de Goiás governado pela extrema-direita brasileira, cheia de latifundiários, grileiros, pistoleiros, e fascistas de toda espécie, quer impor a mulher rédeas curtas, com o objetivo de controlar os seus corpos e seus direitos.
O caso de Goiás não é isolado, e outros estados, como foi o caso do Rio Grande do Norte, onde iniciativa semelhante não foi para frente por mero acaso, demonstram que a direita, não se importa com os direitos democráticos da população, mesmo que ele esteja garantido em uma lei que remonta meados do século XX.
As mulheres, que representam metade da população, são submetidas pelo capitalismo a exploração de sua força de trabalho em jornadas dupla, tripla e ainda são obrigadas a dar à luz mesmo contra a sua vontade e contra o seu próprio direito a vida.
A direita em nenhum instante está ou esteve preocupada com o feto, e pouco importa o destino desse ser caso venha a nascer, a mensagem é direcionada a mulher, ela deve ser uma escrava do lar. Não tem o direito de ter autonomia, de escolher quando e se deseja ter filhos.
A união dos trabalhadores e trabalhadores, da cidade e do campo para derrubar o sistema capitalista e a burguesia e a única forma de acabar com a opressão da mulher.