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Ramadã

Atendendo ao Hamas, palestinos se mobilizam em Al-Aqsa

Apenas a intensificação e radicalização da mobilização de massas, demonstrada pelos palestinos que estiveram presentes na Mesquita de Al-Aqsa, poderá derrotar “Israel"

Com o começo do Ramadã, em 11 de março, o Hamas e demais organizações muçulmanas da resistência palestina convocaram o povo palestino a fazerem do período sagrado, um mês de luta contra o sionismo, um “Dilúvio do Ramadã” – em referência à Operação Dilúvio de Al-Aqsa.

Já no primeiro dia, restrições foram impostas e milhares de palestinos foram impedidos de acessar não apenas do interior da mesquita, mas mesmo o Complexo de Al-Aqsa e os locais no entorno do Domo sobre a Rocha, para que pudessem realizar suas orações.

Ante às restrições de acesso à Mesquita de Al-Aqsa, imposta aos palestinos pelo Estado nazista de “Israel”, o Hamas exortou a todos de Jerusalém, da Cisjordânia e dos territórios ocupados (leia-se, “Israel”) a marcharem para Al-Aqsa, especialmente na primeira sexta-feira do Ramadã.

Em demonstração de que o Hamas de fato é o partido que lidera a atual Revolução Palestina, 80 mil palestinos e muçulmanos conseguiram adentrar no complexo e realizar suas orações.

Neste dia 22 de março, segunda sexta-feira de Ramadã, a mobilização dos palestinos aumentou. Conforme noticiou a emissora libanesa Al Mayadeen, estiveram presentes para as orações 120 mil palestinos:

 

A gigantesca mobilização de massas gerou “profunda apreensão” no aparato de repressão sionista, conforme noticiado pela imprensa israelense, o que ficou demonstrado pela mobilização de 3 mil soldados das forças de ocupação em Jerusalém, segundo informações da Al Mayadeen.

Com essa mobilização, inúmeros palestinos foram impedidos de entrar no Complexo de Al-Aqsa, sendo agredidos pelas forças de ocupação. Veja abaixo vídeo gravado por jornalista da emissora Quds News Network, mostrando os nazistas de “Israel” agredindo mulheres, crianças e idosos:

Segundo as restrições impostas pelo Estado nazista de “Israel”, apenas homens acima de 55 anos, mulheres acima 50 e crianças abaixo de 10 podem entrar na mesquita. Isto, por si só, já expõe a ditadura dos sionistas. Contudo, nem mesmo as próprias regras eles respeitam, conforme pode ser conferido no vídeo acima, o que apenas reforça a natureza ditatorial do Estado sionista.

No decorrer da última semana, especificamente a partir do dia 14, “Israel” vem colocando barricadas de aço em todos os portões de entrada para o Complexo da Mesquita de Al-Aqsa, justamente para dificultar e impedir o acesso de palestinos ao local:

Trata-se de uma clara violação à liberdade religiosa do povo palestino e muçulmano que vive na Cisjordânia, em Jerusalém e nos territórios ocupados. Uma violação aos seus direitos democráticos.

Apesar disto, os palestinos mostram a força de sua união ao romperem parcialmente o bloqueio e se reunirem aos milhares nesta sexta-feira de Ramadã.

Além de terem se reunido nos pátios do Complexo, também adentraram no interior da Mesquita de Al-Aqsa e lá realizaram suas orações:

E a mobilização de massas dos palestinos ocorreu durante todo o dia:

Paralelamente a isto, “Israel” através de seu ministro das finanças, o nazista Bezalel Smotrich aprovou nessa sexta-feira uma ordem para confisca 8 mil dunams de terra no Vale do Jordão, a leste da Cisjordânia Ocupada.

Conforme denunciou Al Mayadeen, “isto eleva a área total de terra ocupada por ‘Israel’ na Cisjordânia apenas em 2024 para 10.640 dunams, depois de 2.640 dunams terem sido apreendidos no início deste ano: 2.350 unidades em ‘Ma’ale Adumim’, 300 em ‘Keidar’ e 694 em ‘Efrat’”.

A título informativo, 1 dunam equivale a mil metros quadrados, ou 0,1 hectares.

Assim, o governo de “Israel” segue impulsionando a atividade criminosa dos colonos fascistas, que roubam as terras dos palestinos sistematicamente, em especial na Cisjordânia ocupada.

De forma que apenas a intensificação e radicalização dessa mobilização de massas, demonstrada pelos palestinos que estiveram presentes no Complexo da Mesquita de Al-Aqsa, poderá derrotar “Israel” e o sionismo.

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