As internações por abortos legais nas unidades de saúde municipais de São Paulo caíram nos primeiros sete meses de 2024, após o encerramento do serviço no Hospital Municipal e Maternidade Vila Nova Cachoeirinha, referência no atendimento desse tipo de procedimento.
Segundo dados do DataSus, o município foi responsável por apenas 15% dos abortos legais por razões médicas realizados na cidade durante o período, representando uma queda significativa em comparação aos anos anteriores. O fechamento do serviço no Cachoeirinha em dezembro de 2023 deixou uma lacuna no atendimento, já que o hospital era o único no município que realizava abortos em gestações avançadas.
Outros hospitais municipais têm realizado abortos legais, mas a prefeitura não especifica quais são essas unidades. Além disso, a Secretaria Municipal de Saúde não forneceu explicações claras sobre a redução dos atendimentos, limitando-se a afirmar que segue as determinações legais.
Organizações como o Projeto Vivas têm direcionado as pacientes para hospitais estaduais, como o Hospital da Mulher, que realizou a maioria dos abortos legais na capital nos últimos anos.
O ataque ao direito das mulheres é cada vez maior. A prefeitura bolsonarista de Nunes proíbe até mesmo os pouquíssimos casos de aborto legal no Brasil. É preciso lutar pela legalização do aborto. As mulheres têm direito ao aborto seguro, legal e gratuito sem nenhuma restrição!