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Assista à Análise Política da Semana deste sábado

A censura como arma de guerra sionista, a incompreensão de movimentos históricos nacionais por parte dos identitários e as eleições inglesas, foram os destaques dessa semana.

Foi ao ar neste sábado pela Causa Operária TV, a tradicional análise política da semana, onde o presidente do PCO, Rui Costa Pimenta, traz os destaques da política nacional e internacional, analisadas pela perspectiva marxista. Dentre os temas presentes essa semana estão o sionismo e sua ofensiva através da censura e a eleição de Keir Stamer como primeiro-ministro da Inglaterra.

Além dos temas atuais da política, devemos ter uma exata compreensão da história. Nesse sentido, a esquerda pequeno burguesa, apoiada no identitarismo, sempre propaga a distorção de movimentos históricos para seus propósitos, sobretudo quando se trata de história do Brasil. Neste início de mês de julho, algumas datas históricas são comemoradas e Rui se encarregou de esclarecê-los de maneira adequada.

A mais importante polêmica histórica está na tentativa de minimizar os feitos da independência nacional, valorizando excessivamente o dia 2 de julho, quando os portugueses foram derrotados na Bahia, sendo, segundo os identitários, a “real independência do Brasil”, em contraposição com o 7 de setembro.

“Querem criar a história fictícia, um folclore, um mito. O fato político fundamental foi a proclamação da independência do Brasil. Quando os portugueses foram derrotados na Bahia, o Brasil já era independente. Isso aconteceu no Rio de Janeiro. O 2 de julho é importante, mas não se deve trocar os fatos.” explica Rui Costa Pimenta. 

O movimento que triunfou na Bahia, no ano seguinte à proclamação da independência brasileira, foi parte do mesmo que libertou o restante do País. Sem dúvida tem a sua importância, porém o fato político fundamental se deu no 7 de setembro.

Outra polêmica histórica, se dá a respeito do movimento tenentista, uma série de levantes liderados por jovens tenentes, descontentes com a situação política da época, ocorrido na década de 20 do século passado, e que posteriormente deu origem à Coluna Prestes. 

“O Levante tenentista de 1924 está fazendo agora 100 anos, mereceria um tratamento mais detalhado. Ele foi a continuação do levante do Forte de Copacabana de 1922. Os tenentes em parte haviam participado do movimento de 1922. Eles decidiram fazer uma nova tentativa de insurreição contra o governo Arthur Bernardes. Eles escolheram São Paulo por ser a cidade mais industrializada do País.” Rui explicou.

As batalhas entre as forças leais ao governo federal e os jovens tenentes foram muito duras e tiveram episódios pouco lembrados pela maioria, a cidade de São Paulo foi alvo de intensos bombardeios: “O governo federal, profundamente reacionário, decidiu que para esmagar o levante era preciso bombardear a cidade de São Paulo. Fizeram isso com aviação e com artilharia. Era tão criminoso que a burguesia industrial de São Paulo fez um protesto contra o governo, pois a indústria estava sendo destruída, o governo ignorou.” 

E por fim os tenentes do sul e de São Paulo se uniram, formando uma coluna, que pretendia levar adiante a insurreição ao nível nacional: “As duas forças insurrecionais se juntaram e decidiram fazer uma coluna para percorrer o país na tentativa de impulsionar a insurreição nacionalmente. Essa é a famosa Coluna Prestes.”, “Esse foi um acontecimento revolucionário, mas os identitários não estão muito preocupados. Eles só gostam de revoluções antigas, nada concreto para o dia de hoje.” concluiu Rui Costa Pimenta.

Há então uma incompreensão por parte da maioria dos acontecimentos históricos nacionais, os identitários procuram fazer com que um movimento revolucionário nacional, seja visto como algo reacionário, levando às pessoas uma compreensão errada.

Outro tema importante presente na análise política desta semana, se deu pelos ataques sionistas através da censura:” O sionismo é um grande aparato internacional financiado por vários bilionários, pelo governo norte-americano, pelo imperialismo europeu. Quando falamos de sionismo temos que levar esse conjunto em consideração. É uma grande máquina de censura internacional. Por isso, ninguém deve levar a sério quando eles falam que o perigo é o ‘antissemitismo’. A conversa de antissemitismo tem como objetivo ocultar a atividade anti-democrática contra todos os povos do mundo que eles estão fazendo.”

Sendo assim, a guerra dos sionistas passa também pela censura daqueles que denunciam seus crimes no terreno militar, afinal, se a opinião pública mundial está cada vez mais contra o estado de “Israel”, sem a censura toda a população mundial estaria contrária aos sionistas. 

 No Brasil a situação não é diferente: “O PCO é o principal alvo dessa operação no Brasil. Temos processos, o bloqueio de todos os canais no YouTube, uma enxurrada de mentiras contra o Partido. Eles atuam no terreno judicial, no terreno militar, no terreno da propaganda política. Isso sem falar na influência que tem dentro do aparato de Estado brasileiro. Como vimos no caso do companheiro palestino deportado pela polícia federal. Ainda queremos uma resposta do governo Lula sobre esse fato.” explica Rui.

 Por defender irrestritamente a resistência armada palestina, o PCO sofre mais com a censura imposta pelos sionistas. “ Quando querem condenar o PCO por apologia do terrorismo, isso é censura. Glorificar torturadores seria um crime, será que alguém no Brasil já fez isso?” afirmou Rui, uma vez que a direita bolsonarista já cansou de defender a ditadura militar, além de apoiar as ações do governo israelense contra os palestinos. “Não tem o menor sentido as tentativas dos sionistas de processar o PCO por apologia ao terrorismo. O que nós estamos fazendo é a defesa de um partido político”.

 Afinal, o Hamas nunca cometeu um ato terrorista em sua história: “Quando você tem uma população brutalmente oprimida e essa população se revolta, não é terrorismo, seja lá o que fizerem. Vamos supor que todas as mentiras são verdades, mataram bebês, estupraram mulheres, etc. Mesmo nesse caso não seria terrorismo. Os palestinos vivem num campo de concentração a céu aberto, o maior do mundo. Se eles se rebelaram, isso não é terrorismo”. Não há como condenar nenhum povo oprimido de terrorismo.

  Em se tratando de censura, essa semana ocorreu um novo episódio entre Elon Musk e Alexandre de Moraes: “Elon Musk adequadamente falou ‘o que fazer quando a lei viola a lei’ e denunciou que Alexandre de Moraes, o ‘defensor da democracia’ censurou pessoas que denunciavam Arthur Lira”, “Num país mais normal, se você denuncia que um cidadão está cometendo um crime, o dever do juiz é conferir se o crime está sendo cometido, não é censurar a pessoa que denuncia.”

 Porém, ainda há quem acredite que a censura faz parte da luta contra o fascismo, porém, está aí toda a censura contra aqueles que denunciam os crimes praticados por “israel”, “Mas então os ideólogos da censura querem afirmar que ela é um fator de democracia. Mas, na prática, o que aparece é o atropelo da lei, o crescimento da repressão e da censura. Moraes baixou a bola, mas não se aposentou” comentou Rui.

 Na política internacional, o destaque ficou pela eleição do primeiro-ministro inglês Keir Starmer, por se tratar de um membro do partido trabalhista inglês, sua eleição provocou muita confusão nas opiniões emitidas pela esquerda pequeno burguesa.

 O político, na verdade, se trata de um homem do imperialismo, que levará adiante sua política. “Keir Starmer, eleito primeiro-ministro da Inglaterra, está à direita de Bolsonaro. Ele é um sionista linha-dura. Ele fez uma verdadeira caça às bruxas dentro do partido, expulsou Jeremy Corbyn”.

 O primeiro-ministro, conquistou seu destaque no partido ao expurgar seus elementos mais à esquerda, “Ele é uma pessoa de direita, apesar de que o partido que ele dirige é de esquerda. O movimento da Palestina deve ser mais perseguido sobre o atual primeiro-ministro. Starmer é pior que Macron. Uma das questões da eleição era impor uma derrota ao movimento da Palestina. O Keir Starmer não é de esquerda.”

 O formato das eleições britânicas, através de distritos que não possuem a mesma população, porém o mesmo número de representantes, faz com que a maior parte dos representantes sejam conservadores. Um distrito com uma grande população operária, terá o mesmo número de representantes de um distrito menor, onde prevalece a classe média.

 “A manipulação do voto distrito por distrito é muito grande. Provavelmente ganharam a eleição em distritos menores com uma parcela conservadora da população. Tanto o partido conservador quanto o partido da extrema-direita parecem ter ajudado os trabalhistas a vencer a eleição. Foi uma manobra de toda burguesia britânica. Não é um ascenso do Partido Trabalhista”.

 A crise no partido trabalhista também pode significar que, no futuro, essa situação leve a criação de um partido mais combativo. “Falar de Partido Trabalhista é falar da própria classe operária inglesa. Se o partido entrar em crise, os operários inevitavelmente construirão outro partido. Mais combativo, e até mesmo revolucionário.” disse Rui.

 A manipulação eleitoral inglesa tem como objetivo os seguintes fatores: “O truque é o seguinte. Tira o partido conservador que é queimado e coloca os trabalhistas para aliciar a classe média ‘bem-pensante’. Com esse apoio atacam a esquerda, as liberdades democráticas, apoiam a OTAN e o sionismo. Esse é o truque. Isso não vai funcionar porque a resistência é muito grande.” explicou Rui Costa Pimenta.

 Para conferir na íntegra a análise política da semana, acesse: 

https://play.cotv.org.br/w/wLHtyAgJ8FpmdoPBWytjNh  

 

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