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Editorial

Assim como o sionismo, YouTube se acha acima da ONU

Plataforma removeu três videos da COTV referentes à resistência palestina, mostrando que a censura está a serviço do sionismo

Na última terça-feira (15), a Causa Operária TV foi alvo de mais uma ação de censura por parte do YouTube. O canal que mais produz conteúdos em defesa da resistência palestina teve três vídeos removidos da plataforma por “apologia de organizações violentas ou terroristas”, impossibilitando temporariamente o canal de fazer transmissões ao vivo, publicar novos vídeos e até mesmo de publicar na seção da comunidade.

Mais uma vez, a censura é usada como política para reprimir aqueles que se opõem ao regime de dominação mundial do imperialismo. A censura é uma ferramenta tipicamente usada pelo sionismo para impedir aqueles que lutam contra “Israel” de falar qualquer coisa que a imprensa imperialista não fala. O regime sionista é uma rede mundial de mentiras, que ataca as organizações que lutam de armas na mão contra sua ocupação, classificando-as como terroristas.

O YouTube se coloca como um serviçal dos interesses do imperialismo. Para um setor da esquerda, que parecia preocupado com a soberania nacional no caso do fechamento do X, a questão não parece ter a mesma relevância no caso do YouTube. A plataforma pertencente à Google censurou vídeos com base na posição política do governo norte-americano, da União Europeia e de “Israel”, que estão entre os poucos que consideram oficialmente o Hamas como um grupo terrorista. No Brasil, nem o Hamas e nem o Hesbolá são considerados terroristas.

Nem a legislação brasileira, nem a ONU os consideram como terroristas. A plataforma poderosa da Google se coloca como acima da ONU, acima de tudo e de todos. Afinal, para defender os interesses do imperialismo, vale de tudo.

As tais “regras da comunidade”, que não permitem falar das organizações consideradas como perigosas ou terroristas, na realidade, é uma regra definida pela CIA. Não há de fato nenhum conjunto de usuários que definiram isso como uma regra. E é uma pressão dos órgãos de inteligência norte-americanos, para ocultar os crimes do sionismo e dos próprios Estados Unidos. Enquanto os sionistas bombardeiam pessoas que estão em tendas, você não pode falar das pessoas que resistem a esses monstros.

No Brasil, vemos a esquerda endeusar o padroeiro da censura, Alexandre de Moraes, argumentando que seria uma luta contra o “discurso de ódio”, a famosa “censura do bem”. A censura ao discurso de ódio, no entanto, não atua para a manada de sionistas nas redes sociais que falam todo tipo de barbaridade para defender o assassinato de crianças e mulheres na Palestina. Nas nossas publicações de homenagem a Iahia Sinuar, pudemos ver várias ameaças e comentários violentos que, obviamente, não foram censurados, pois estão de acordo com a política do imperialismo.

O que Moraes e os defensores da censura querem é que essas redes sociais tenham uma autorização formal, um direito e também a obrigação de censurar as pessoas que dizem coisas incômodas na internet. E querem isso para que ninguém possa entrar com processo na justiça contra a rede social

A suposta luta contra o discurso de ódio também não está levando a lugar nenhum. No Brasil, a esquerda quer vencer o bolsonarismo e a extrema-direita com censura e pedidos de prisão, mas o bolsonarismo foi o setor político mais vitorioso nas eleições. Como de costume, a censura e a perseguição atuam para impulsionar quem está sendo reprimido, pois ele acaba se apresentando como um herói transgressor.

E o resultado da política de censura é óbvio: os verdadeiros atingidos são a esquerda e os movimentos de trabalhadores. Não é a primeira vez que sofremos censura por defender a resistência palestina. E certamente outros recursos do imperialismo serão utilizados para tentar sufocar a nossa imprensa, seja pela censura, seja por processos, ou o que for. Aqueles que se colocam contrários aos interesses do sionismo são alvos de todo tipo de processo, como acontece com vários jornalistas e militantes. A censura atua a serviço do genocídio na Faixa de Gaza, é a política de impedir a resistência de se expressar.

O problema das liberdades políticas é um problema essencial. Com essa escalada de censura, faz-se cada vez mais necessário uma defesa sistemática do direito a liberdade de expressão, de opinião e de imprensa, irrestrita. Os acontecimentos mostram que não há “discurso de ódio” sendo combatido com censura, mas sim que é uma arma usada somente para reprimir os inimigos e os oprimidos. O sionismo e o imperialismo continuarão usando a censura como ferramente para calar seus opositores.

No entanto, a imprensa revolucionária não se curvará diante de todas essas ameaças. Defender a resistência armada na Palestina é um dever dos trabalhadores do mundo inteiro e continuaremos dedicando integralmente nossa atividade nessa importante tarefa.

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