Maior máquina de opressão contra mulheres em todo o mundo, “Israel” pratica violência em um nível sem precedentes na Faixa de Gaza.
Além dos milhares de assassinatos, mutilações, fome e deslocamentos forçados, as mulheres palestinas vêm sendo torturadas pelos israelenses nas masmorras onde muitas estão aprisionadas.
Em uma declaração publicada no último domingo (8), a Comissão Palestina de Assuntos de Prisioneiros e Ex-Prisioneiros denunciou que as palestinas detidas por “Israel” estão sendo submetidas a condições cada vez mais degradantes e desumanas nas prisões israelenses.
O relatório da Comissão destacou que as palestinas são vítimas de abusos tanto físicos quanto psicológicos, com ameaças de estupro, revistas íntimas, xingamentos, espancamentos e fome.
Além disso, estão sendo privadas de itens básicos, como roupas, cobertores, desinfetantes, medicamentos e produtos de higiene feminina. Suas condições de saúde são completamente ignoradas, sendo inclusive proibidas de tomar banho e de sair para o pátio da prisão.
Em novembro, a Comissão já havia denunciado as duras condições enfrentadas pelas prisioneiras, referindo-se, em particular, à prisão de Damon. Essa prisão, que funciona em um antigo depósito de tabaco e estábulo, não possui as condições mínimas para abrigar qualquer detento. Entre os abusos relatados estão a privação de itens essenciais para o inverno, o confisco de pertences pessoais, a restrição de suprimentos de higiene e a obrigatoriedade de consumir alimentos de baixa qualidade. Também foi relatado o uso de sprays de gás nos quartos como punição coletiva.
O aprisionamento brutal de mulheres e crianças por “Israel” intensificou-se após outubro de 2023, mas é uma prática anterior a essa data e não se limita às mulheres em Gaza. Apenas na Cisjordânia ocupada, existem hoje pelo menos 400 mulheres palestinas aprisionadas. Desde o início da ocupação israelense na Palestina, mais de 10 mil mulheres palestinas foram presas ou detidas arbitrariamente por “Israel”.