Ruth Patir, artista escolhida para representar “Israel” na famosa feira de arte Bienal de Veneza, na Itália, afirmou, nessa terça-feira (16), que não abrirá o pavilhão nacional a não ser que houvesse um acordo de cessar-fogo e a libertação dos prisioneiros na Faixa de Gaza.
“Sinto que o tempo para a arte está perdido”, afirma Patir em uma declaração feita em sua conta oficial no Instagram. Na publicação, a artista israelense explica por que ela e os dois curadores da exposição decidiram abandonar a mostra. “Se me for dado um palco tão notável, quero fazer com que ele valha a pena”, disse.
A Bienal de Veneza está sendo alvo de manifestações em defesa da Palestina há alguns meses. Em fevereiro, por exemplo, cerca de 9.000 pessoas, dentre artistas e diretores de museus, assinaram um apelo virtual defendendo a expulsão da ocupação sionista da Bienal, denunciando que o que “Israel” faz em Gaza é genocídio.