Um artigo publicado pelo jornal israelense, Haaretz, com o título Nesse ritmo, Israel não chegará ao 100º aniversário, escrito pelos articulistas Eugene Kandel e Ron Tzur, mostra que se continuarem as divisões internas dentro do país entre grupos sociais, o que eles chamam de “elite israelense” fugirá do Estado fictício de “Israel”.
De acordo com o Haaretz, durante seis anos, Kandel chefiou o Conselho Econômico Nacional no Gabinete do Primeiro-Ministro e permanece muito próximo do Primeiro-Ministro Benjamin Netanyahu. Tzur era um alto funcionário da Comissão de Energia Atômica e da Comissão da Função Pública.
“Após a tentativa do governo de enfraquecer o poder judiciário no ano passado, seguida do massacre do Hamas no sul, surgiu um quadro de fracasso total nos sistemas, gestão e operações da administração.” Eles seguem: “No cenário atual da configuração política atual, há uma probabilidade considerável de que Israel não será capaz de existir como um Estado judeu soberano nas próximas décadas”.
Segundo Kandel e Tzur, assim que a batalha pela reforma judicial esquentou no ano passado, ficou claro para muitos que “as concepções de identidade e as visões dos dois principais grupos judaicos entram em conflito e são até inconciliáveis”. Reinava uma mentalidade de “nós ou eles”.“Uma guerra pelo lar, pela identidade e pelos valores de todos contra todos os outros, cria uma ameaça existencial para o país, porque tal guerra não pode ser interrompida sem uma mudança dramática nos sentimentos de todas as partes”, escrevem os autores.
Os autores do artigo preveem uma “emigração em massa da elite produtiva de “Israel”, como numa corrida aos bancos. Dentro de uma ou duas décadas haverá uma corrida a “Israel”. A elite simplesmente fugirá.” – Segundo a articulista do Haaretz. “Este tipo de processo pode borbulhar durante anos, mas se acontecer, é provável que seja agudo e rápido, semelhante a uma corrida aos bancos. Quando chega a decisão de sair, há uma vantagem em fazê-lo antes da grande onda”, afirmam Kandel e Tzur.
“Será mais fácil para os primeiros partirem sem prejuízos financeiros, enquanto aqueles que tentarem imigrar tarde sofrerão perdas quando a economia encolher, o valor dos seus ativos diminuir e forem impostas restrições à transferência de dinheiro para o estrangeiro. são as pessoas que dirigem a alta tecnologia, a medicina, a academia e partes significativas do sistema de defesa. A maioria deles tem oportunidades de emprego atraentes no estrangeiro, e alguns já consideraram opções de imigração”, apontam os autores do artigo.
Outro ponto que é preciso destacar é que a economia de “Israel” tem enfrentado um verdadeiro colapso, principalmente após a operação da resistência armada palestina, Dilúvio de Al Aqsa em 7 de outubro. De acordo com os autores do artigo, o ataque mostrou uma fragilidade muito grande das forças de defesa e segurança de “Israel”. “O dia 7 de Outubro mostrou o terrível custo da percepção do inimigo de que ‘Israel’ é fraco”, escrevem Kandel e Tzur. “Um enfraquecimento adicional poderia provocar desafios de segurança muito mais extremos e graves”, até mesmo “o colapso de “Israel” e o fim do sonho sionista”.
Com as crescentes mobilizações contra “Israel” e em defesa do povo palestino em vários locais do mundo, tem mostrado também um isolamento completo do governo israelense. Alguns países e governos já cortaram relações comerciais com “Israel” isso enfraquece ainda mais a economia. As revoltas populares dentro de “Israel” contra o governo do primeiro-ministro, Netanyahu, tem ganhado as ruas e estão ficando fora de controle.
Portanto, não há dúvida de que a operação da resistência palestina em 7 de outubro colocou em xeque toda a estrutura colonial e de ocupação dos sionistas na região, o que pode levar ao fim de toda a opressão e crimes cometidos pelos israelenses principalmente contra os palestinos.