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EUA

Armazém sindicalizado da Amazon anuncia greve antes do Natal

Com ataques a trabalhadores, baixos salários e péssimas condições de trabalho, a Amazon se tornou uma das maiores empresas do mundo

Os trabalhadores da Amazon dos armazéns JFK 8, em Staten Island, Nova York, e DBK 4, também em Nova York, anunciaram na sexta-feira (13) um indicativo de greve com ultimato para o domingo, dia 15. A mobilização tem potencial para se tornar uma greve histórica, realizada pouco antes do Natal. O motivo principal é a exigência de que a empresa assine o acordo coletivo trabalhista, que vem sendo adiado desde 2022. A Amazon, até o momento, se recusa a sentar e negociar com o sindicato More Perfect Union, responsável pela mobilização.

Dado o histórico da empresa, a National Labor Relations Board (NLRB) já emitiu dezenas de processos contra a gigante do comércio varejista. A própria NLRB, inclusive, acionou a Amazon administrativamente, exigindo que ela se engaje em negociações construtivas. O International Brotherhood of Teamsters, que representa 1,4 milhão de trabalhadores nos Estados Unidos, Canadá e Porto Rico, acusa a Amazon de agir ilegalmente ao não reconhecer os sindicatos formados por seus funcionários.

A unidade de Staten Island, representando mais de 5.500 trabalhadores apenas no armazém JFK 8, luta pela formalização de seu primeiro acordo sindical. No entanto, a Amazon vem deliberadamente se negando a negociar.

O sindicato afirmou: “Não estamos de brincadeira e não podemos mais esperar. Vamos atingir a Amazon onde dói”. A gigante do comércio eletrônico, que registra seus maiores lucros neste período do ano, exigiu que seus funcionários trabalhassem 11,5 horas por dia, cinco dias por semana.

O momento da paralisação é estratégico, já que ameaça diretamente o lucro dos patrões. A greve pode pressionar a empresa a ceder e formalizar o acordo coletivo. Apesar de a NLRB ter certificado o sindicato, nenhum avanço nas negociações foi registrado desde o pedido inicial, feito há mais de 990 dias.

As políticas de baixos salários e más condições de trabalho têm unificado trabalhadores ao redor do mundo, e o caso da Amazon não é diferente. O Amazon Labor Union (ALU), idealizado pelos próprios trabalhadores da empresa, uniu forças com o sindicato dos motoristas Teamsters. Em nota, o sindicato dos motoristas declarou: “enquanto a Amazon continuar a nos desrespeitar, recusando-se a ouvir nossas preocupações, nosso movimento continuará crescendo”.

Funcionário do armazém JFK 8, James Saccardo expressou a insatisfação dos trabalhadores: “não estamos pedindo muito. Apenas queremos o que todas as outras pessoas desejam na América: trabalhar e receber o suficiente para cuidar de nossas famílias. A Amazon não nos permite fazer isso”.

A votação pela greve no armazém DBK 4 foi quase unânime. Contudo, os trabalhadores denunciam que a empresa frequentemente viola a lei para impedir mobilizações. Lc Rene, funcionária do armazém, declarou: “os trabalhadores prometem não desistir”.

O dirigente nacional dos Teamsters, Sean M. O’Brien, fez um alerta à empresa monopolista: “se esses criminosos de colarinho branco querem continuar quebrando a lei, é melhor que se preparem para uma luta”.

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