Na terça-feira (24), o campus da Uerj, no Maracanã, amanheceu com corredores mais vazios, reforço no policiamento e funcionários da limpeza. Os estudantes relataram o clima tenso após a invasão da polícia, que usou bombas de baixa letalidade atacando a ocupação dos estudantes que lutava contra os cortes nas bolsas. Uma assembleia estudantil está marcada para quarta-feira (26) para deliberar a continuidade da greve.
A ocupação, que começou em julho, protestava contra os cortes no auxílio-alimentação e mudanças no auxílio para material didático. Mais de 1,2 mil pessoas foram afetadas pelos cortes neoliberais impostos pelo governo neoliberal Cláudio Castro.
Durante a invasão da polícia, os estudantes relataram violência física e intimidações. Eles também estão sendo perseguidos pela reitoria, que abriu processos por “atos de vandalismo”. A Uerj afirmou que está apurando os danos causados durante a ocupação e orientou os alunos a registrarem denúncias de ameaças ou perseguições nas ouvidorias competentes. Mas, dado que a reitoria foi quem chamou a repressão, não é possível esperar nada dos meios institucionais.
Além disso, durante a desocupação a PM cortou água, gás e internet no campus para forçar a saída dos manifestantes. Eles afirmam que a luta pelos auxílios é essencial para garantir a permanência dos alunos mais vulneráveis na universidade.