As chuvas na cidade de São Paulo estão demonstrando a total ineficiência da empresa privada de energia elétrica Enel. A cada pequena chuva bairros inteiros ficam sem energia elétrica, nas chuvas mais fortes são enormes parcelas da cidade e a falta de energia dura dias. Na segunda-feira (29), a Enel perdeu na justiça em uma ação da prefeitura que determinou o reestabelecimento da energia em 24h, no entanto, a ação está relacionado com a chuva do dia 10 de janeiro!
A Justiça autorizou também a Prefeitura a fazer o monitoramento por GPS dos veículos que transportam as equipes da Enel destacadas para atendimentos emergenciais para que a gestão municipal faça o monitoramento em tempo real. A juíza Gisela Aguiar Wanderley diz que, em relação ao compartilhamento de dados via GPS, “caberá à concessionária priorizar o atendimento aos casos emergenciais com veículos já equipados com equipamento de GPS (ou equivalente)”.
A juíza determinou ainda que a empresa informe quanto tempo levou, quantas equipes disponibilizou para atendimento e quais os tamanhos delas. A Prefeitura de São Paulo vem enfrentando vários problemas com a Enel, que se intensificaram a partir do dia 3 novembro 2024, no maior apagão na cidade nos últimos tempos. Foram muitos bairros sem luz por cerca de uma semana, outros municípios além de São Paulo também ficaram sem energia,
O prefeito Ricardo Nunes está adianta dessas ações na justiça contra a Enel devido à campanha eleitoral. Não fazer nada em uma crise desse tamanho seria um atestado de derrota na eleição. Ao mesmo tempo, a demagogia é boa para uma propaganda. No entanto, as medidas do prefeito bolsonaristas passam longe do necessário para melhorar o fornecimento de energia elétrica para os trabalhadores.
A Enel, um monopólio italiano que controla uma enorme parcela da rede elétrica do Brasil, não é apenas um problema em São Paulo. Onde quer que seja que ela atua a situação é semelhante a da cidade de São Paulo. A única solução para o problema do fornecimento de energia é a estatização de todo o setor. A Eletrobrás precisa ser reestatizada e as empresas como a Enel e a Light devem fazer parte de seus sistemas de distribuição de eletricidade.