Neste dia 3 de dezembro, “Israel” bombardeou uma rua ao lado do aeroporto de Damasco, capital da Síria. Esse ataque aconteceu em uma série de outros, inclusive um que deixou 71 mortos em Palmira, levando ao maior número de mortos em um único bombardeio desde o início da ofensiva sionista em Gaza. Ao mesmo tempo que isso acontece, grupos rebeldes apoiados pelos EUA levam adiante uma grande ofensiva militar contra o povo sírio. É nessa conjuntura que o Eixo da Resistência, liderado pelo Irã, e a Rússia entram em campo em apoio ao governo da Síria.
Uma fonte da Força Quds do Corpo de Guardiões da Revolução Islâmica (IRGC) do Irã ouvida pelo órgão libanês Al Mayadeen informou que, em resposta à ofensiva rebelde, conselheiros militares do Irã haviam retornado ao país após terem saído anos antes, quando o país tinha recuperado a estabilidade com a supressão dos rebeldes e do Estado Islâmico, apoiados pelos EUA e por “Israel”. Segundo a fonte, a instabilidade trazida pelos ataques terroristas dos grupos rebeldes trouxe instabilidade e interrupção do processo político no país, de forma que, conforme preveem diversos acordos militares entre a Síria e o Irã, o Irã entrou com seus conselheiros militares no conflito, em defesa de seu aliado.
Outra fonte, ouvida pelo Al Mayadeen, essa dos grupos do Eixo da Resistência, confirmou a chegada de apoio militar na forma tanto de equipamento quanto de pessoal na Síria e também confirmou que os reforços já chegaram nas linhas de frente no país, incluindo o norte e o leste de Hama, cidade do centro da Síria, e o sul de Aleppo, cidade no norte da Síria. Segundo a fonte, mais apoio chegará gradualmente na Síria, vindo dos grupos do Eixo da Resistência.
Uma terceira fonte em campo ouvida por Al Mayadeen e ligada aos aliados do Eixo da Resistência na região de Deir Ezzor, afirmou que a inteligência militar detectou movimentos de integrantes do Grupo Militar de Deir Ezzor, ligado às Forças Democráticas Sírias (SDF na sigla em inglês) apoiadas pelos EUA nas sete vilas ao leste do rio Eufrates, na zona rural oriental de Deir Ezzor. Conforme o relato da fonte ao órgão de imprensa árabe, o grupo rebelde estaria se preparando para abrir uma nova frente de batalha na região, mas seria prontamente respondido pelo Exército sírio, com apoio dos grupos do Eixo da Resistência.
Além disso, o comando geral do Exército e das Forças Armadas da Síria emitiu um comunicado em que reporta ter atacado posições dos rebeldes, armazéns, linhas de suprimento e corredores de movimentação nas áreas rurais de Aleppo e Idlib com ataques aéreos, de mísseis e artilharia, em cooperação com as forças russas. Os ataques destruíram cinco centros de comando e sete armazéns de munições e armas, alguns dos quais continham drones, matando cerca de 400 mercenários dos grupos rebeldes. O comunicado incluía o informe de que as forças sírias estariam tomando providências para cercar e expulsar os rebeldes do país, estabelecendo linhas seguras para ofensivas futuras, ao mesmo tempo que reforços militares chegam à linha de frente.