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Oriente Médio

Apesar dos massacres sionistas, Hesbolá avança

Como na Faixa de Gaza, ‘Israel’ mata civis para esconder derrotas e incapacidade de conter retaliação do Hesbolá, que já custou mais de US$1 bilhão aos invasores e atinge Telavive

Nas últimas 48 horas, os bombardeios de “Israel” sobre o Líbano deixaram um rastro de destruição e morte, especialmente em áreas civis. As regiões mais afetadas foram o sul do Líbano e os subúrbios de Beirute, onde ataques aéreos e mísseis israelenses destruíram dois edifícios residenciais, matando 54 pessoas, incluindo mulheres e crianças.

Em um ato de terror deliberado, “Israel” já havia detonado dispositivos eletrônicos, como bipes e walkie-talkies, em diversas partes do país, causando a morte de 39 civis e ferindo gravemente milhares, com muitos casos de cegueira e mutilações permanentes. Os ataques israelenses demonstram que, incapazes de derrotar o Hesbolá no campo de batalha, os invasores recorrem a ataques contra a população civil para desmoralizar a resistência.

No entanto, as respostas do Hesbolá, longe de serem contidas, evidenciam a incapacidade de “Israel” em proteger seu próprio território. Em uma retaliação que expôs a falência do sistema de defesa antimísseis Domo de Ferro, a resistência libanesa bombardeou a sede do Mossad nos arredores de Telavive com um míssil balístico Qader-1, danificando gravemente a instalação responsável por orquestrar assassinatos, e sabotagens, incluindo os recentes ataques com pagers no Líbano.

O bombardeio, além de ser um golpe simbólico, mostrou que nenhum local em “Israel” está seguro dos foguetes do Hesbolá, que continuam ultrapassando os sistemas de defesa sionistas. A vulnerabilidade de Telavive foi amplamente confirmada, criando uma situação inédita em que os israelenses foram forçados a buscar refúgio, demonstrando que o território israelense inteiro agora está dentro da zona de combate.

Os ataques de ambos os lados não se restringiram à capital israelense. Ao norte, o Hesbolá atingiu a base aérea de Ramat David e o complexo de indústrias militares Rafael, ambos ao sul e ao norte de Haifa, respectivamente. Esses ataques foram uma retaliação direta aos assassinatos de comandantes do Hesbolá e às mortes de civis em Beirute.

Nas palavras do vice-secretário-geral do Hesbolá, Naim Qassem, esses bombardeios são parte de uma “batalha aberta de acerto de contas”, uma nova fase do conflito declarada pelo grupo após o assassinato do comandante Ibrahim Aqil.

Ao mesmo tempo, o custo das operações israelenses começa a pesar na já fragilizada economia do país artificial. Estimativas indicam que, somente nos últimos dois dias, o Hesbolá já infligiu mais de US$1 bilhão em perdas a “Israel”. O sistema de defesa aérea, altamente dependente de interceptores caríssimos, já custou ao governo israelense US$173 milhões em apenas uma semana de confrontos.

Com os combates se estendendo e o governo de Benjamin Netaniahu enfrentando uma crise interna, política e econômica, a manutenção dessa defesa extenuante está levando “Israel” a uma situação de colapso. Analistas já afirmam que o prolongamento desse conflito pode ser insustentável para Telavive, que necessita de mais recursos para financiar sua campanha militar, ao mesmo tempo em que vê sua economia interna afundar em dívidas e descontentamento popular.

Essa crise fica ainda mais claro pela ausência de Netaniahu na Assembleia Geral da ONU, evento no qual sua participação é normalmente considerada crucial para a diplomacia israelense. Diante, contudo, da situação catastrófica no fronte doméstico e das críticas internas crescentes, Netaniahu foi forçado a cancelar sua presença. Sua ausência não apenas ilustra a gravidade da crise política e militar que “Israel” enfrenta, mas também ressalta a perda de prestígio e liderança do Estado sionista em meio à comunidade internacional.

Embora as forças armadas israelenses tentem projetar uma imagem de superioridade militar, a realidade no terreno é bastante diferente. Desde a última semana, o Hesbolá intensificou sua ofensiva, atingindo bases militares no norte de “Israel” e forçando o recuo de aviões de guerra israelenses que tentavam entrar no espaço aéreo libanês.

Os revolucionários libaneses também atacaram a fábrica de armamentos em Zikhron, ao sul de Haifa, causando sérios danos à infraestrutura militar israelense. Ao mesmo tempo, os foguetes Fadi-1 do Hesbolá atingiram a localidade de Kiryat Motzkin, enquanto unidades de defesa aérea da resistência engajaram caças israelenses perto de Houla e Mays al-Jabal, expulsando-os do espaço aéreo libanês. A precisão e a força dos ataques são um claro sinal de que, apesar da brutal campanha israelense contra civis, a capacidade militar do Hesbolá permanece intacta.

As respostas da ditadura sionista, por outro lado, parecem estar repetindo um padrão já visto em Gaza: incapazes de avançar militarmente, recorrem ao massacre de civis para esconder suas derrotas no campo de batalha. Isso foi visto claramente nos bombardeios a Beirute e ao sul do Líbano, que resultaram em centenas de mortes.

No entanto, essas táticas de terror não têm o efeito desejado. Em vez de desmoralizar a resistência, os massacres apenas reforçam a determinação do Hesbolá de retaliar com mais intensidade. A “batalha aberta de acerto de contas”, conforme declarou o comando da resistência libanesa, está longe de terminar, e o custo dessa guerra para “Israel” está apenas começando a ser sentido.

Além dos danos econômicos, a guerra está levando a uma crise interna cada vez mais profunda em “Israel”. O governo Netaniahu, já abalado por escândalos de corrupção e protestos em massa, enfrenta uma pressão insustentável. A confiança do público no governo está se erodindo rapidamente, enquanto a sociedade israelense começa a questionar a capacidade de seu exército em proteger o país de ataques que agora atingem o coração de Telavive. No norte, as sirenes de alerta soam continuamente, e os colonos israelenses são aconselhados a permanecer próximos a abrigos antiaéreos. O medo se espalha desde Katzrin até Safed, passando por Kiryat Shmona e Rosh Pina, enquanto o Hesbolá demonstra que, para cada massacre de civis libaneses, haverá uma retaliação proporcional e devastadora.

A crise econômica que “Israel” enfrenta, agravada pelos custos astronômicos da guerra, pode ser o início de seu colapso como Estado. A manutenção do sistema de defesa antimísseis, o deslocamento contínuo de tropas e os bombardeios ininterruptos ao Líbano estão drenando os já escassos recursos do país. Se a guerra continuar nesse ritmo, não será apenas uma derrota militar que o Estado sionista enfrentará, mas um colapso total de sua economia e de seu aparato político. As divisões internas, combinadas com a pressão externa do Hesbolá e de outras forças da Resistência, podem transformar “Israel” em um Estado falido e isolado.

A um ano da operação Dilúvio de al-Aqsa, desencadeada pela Resistência Palestina, o cenário para “Israel” é mais sombrio do que nunca. O país artificial, criado e mantido à custa de guerras e ocupações, está agora à beira de um colapso de características terminais.

O avanço do Hesbolá, a resistência contínua na Palestina e a fragilidade interna israelense estão criando uma tempestade perfeita que pode pôr fim ao projeto sionista. Enquanto Telavive tenta esconder suas derrotas com massacres de civis, o Hesbolá avança, e o futuro de “Israel” nunca esteve tão ameaçado.

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