André Lajst, que até serviu no exército israelense, uma espécie de agente do Mossad infiltrado no Brasil, cujo principal papel é fazer um trabalho de propaganda e difamação da luta dos palestinos contra a força de ocupação sionista, utiliza sua conta no X para atacar o governo russo, sugerindo que o país seria um apoiador do Estado Islâmico.
Em uma postagem dividida em cinco partes, Lajst inicia dizendo que “O Estado Islâmico reivindicou a autoria de um ataque terrorista que matou 40 pessoas e feriu mais de 140 em uma casa de shows de Moscou hoje (22). Horas antes do ocorrido, o Serviço Federal de Segurança da Rússia (FSB) informou que havia frustrado um ataque a uma sinagoga na capital russa por uma célula afegã do próprio Estado Islâmico”.
Na sequência, o propagandista diz que “Essa é mais uma triste constatação de que o radicalismo islâmico é um problema que atinge não apenas os judeus e Israel. É lamentável que a Rússia aparentemente finja não enxergar que muito do que motiva as ações do Estado Islâmico é a mesma ideologia por trás do Hamas”. Trata-se de uma grande falsificação, pois o Hamas é o mais importante partido palestino e sua luta é contra uma força colonizadora que vem aterrorizando os palestinos há pelos menos 75 anos.
O Estado Islâmico, ninguém vai acreditar em coincidências, recentemente promoveu um atentado no Irã e atua em países como o Líbia, Iraque e a Síria, justamente locais onde o imperialismo tem interesses econômicos e políticos, portanto, as ‘motivações’ do EI são muito diferentes das do Hamas e outros grupos da resistência palestina.
Em 2016, como Julian Assange já havia denunciado, mensagens de e-mail de Hillary Clinton traziam fortes indícios de que ela havia dado ordens para armar o Estado Islâmico. Esse tipo de revelação mostra o porquê de o imperialismo manter Assange atrás das grades.
Qual é o crime?
Lajst condena a Rússia, diz que “O país se nega a reconhecer o grupo palestino como uma organização terrorista e até o apoia indiretamente. Apesar de todo o horror do massacre do 7 de Outubro no sul de Israel, Moscou recebeu, no começo deste mês, representantes do Hamas e da Jihad Islâmica para discutir a possibilidade de um governo em conjunto com a Autoridade Palestina, reconhecida internacionalmente como a única representante oficial dos palestinos”. Para azar do senhor Lajst, até a imprensa israelense desmentiu a tese do massacre no 7 de outubro. Ou melhor, o exército sionista é apontado, inclusive por testemunhas, pela morte indiscriminada de pessoas, pois atirou de tanques e de helicópteros de guerra.
Outro truque desse agente do sionismo é tentar deslegitimar o Hamas e a Jihad Islâmica, passando por cima do fato de o Hamas ter grande aceitação popular além dos votos. A Autoridade Palestina, que ele alega ser a ‘única representante oficial dos palestinos’, nada mais é do que uma marionete controlada pelo sionismo e pelo imperialismo. Uma ‘autoridade’ que utiliza forças policiais para reprimir a própria população em favor dos interesses dos colonizadores sionistas.
Em sua mensagem, Lajst insinua que se “a intenção russa é normalizar o Hamas enquanto um suposto ator internacional legítimo, o que é absurdo. Tudo isso como parte de sua ambição de mudar o equilíbrio de poder da balança de poder das relações internacionais contemporâneas, veja a invasão da Ucrânia. Exemplo dessa estratégia foi o veto hoje, juntamente com a China, no Conselho de Segurança da ONU à resolução americana que condenava o Hamas”. No entanto, o Hamas não é ‘suposto’ ator internacional legítimo, o é de fato.
Por outro lado, a Rússia não invadiu a Ucrânia porque ambicionaria mudar o equilíbrio de poder da balança das relações internacionais, e sim porque estava sendo cercada pela OTAN e preferiu agir, utilizando assim o direito de se proteger.
Quanto a vetar uma resolução que condena o Hamas por parte do país que apoia com dinheiro e armas o genocídio do povo palestino, nada mais justo!
Cinismo e sarcasmo
Terminando sua postagem, André Lajst escreve: “O que temos visto, contudo, é que o preço a ser pago por isso é alto demais, principalmente quando se trata de cooperar com grupos terroristas. Expresso, portanto, minha solidariedade às vítimas russas e espero que a comunidade internacional tome medidas mais eficazes para o combate ao terrorismo”.
Ao dizer que os russos estão pagando um preço alto por apoiar terroristas, Lajst coloca a culpa nas vítimas, um truque sórdido que mostra que não está sendo solidário coisa nenhuma.
O Estado Islâmico, como disse Rui Costa Pimenta, não passa de um nome fantasia para a CIA. Esse grupo tem atuado cada vez mais abertamente em favor do imperialismo.
Se o EI fosse apoiado pela Rússia, não faria o menor sentido atacar o país. O que vimos foi justamente o contrário. Para desespero dos invasores na Síria, o Estado Islâmico foi praticamente dizimado pelas forças russas. Isso representou uma enorme derrota para o imperialismo.
Os americanos utilizam o Estado Islâmico para manter bases no Oriente Médio e assim continuar a rapinar petróleo e manter uma pressão militar sobre os demais países da região.
A Rússia se tornou uma grande pedra no sapato do imperialismo que se enfraquece no Oriente Médio. Esse enfraquecimento é perigoso e ameaça a própria existência do Estado de ‘Israel’, por isso André Lajst ataca os russos ao mesmo tempo em que chora suas lágrimas de crocodilo.