A militância do Partido da Causa Operária (PCO) está prestes a participar de um dos eventos mais aguardados do ano: a 37ª Conferência Nacional do Partido, que acontecerá nos dias 12 e 13 de outubro, em São Paulo. Este encontro é uma demonstração da democracia operária, pois os militantes de todas as partes do Brasil se reúnem para debater e definir coletivamente o futuro político do Partido. Ao contrário da burocracia dos partidos tradicionais, o PCO reafirma sua posição de que a política deve ser decidida pelas bases.
A 37ª Conferência ocorre em um contexto desafiador, após uma série de sabotagens do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) que, até o final de setembro, impediu o Partido de ter acesso ao Fundo Eleitoral. A vitória do PCO contra essa sabotagem foi uma prova da força e da capacidade de mobilização da militância, que organizou uma campanha financeira vitoriosa para garantir a participação nas eleições. Esse exemplo é mais uma evidência de que o Partido não se curva às tentativas de silenciamento impostas pelo aparato do Estado burguês.
A Conferência anterior, realizada em julho deste ano, foi marcada pela formulação de um programa de luta robusto, voltado para a defesa dos direitos dos trabalhadores e para a intervenção nas eleições municipais. O PCO se manteve fiel à sua política de independência de classe, apresentando candidaturas próprias em cerca de 60 cidades, sempre com a centralidade na luta por governos dos trabalhadores da cidade e do campo.
Entre as campanhas debatidas na 36ª Conferência, destacaram-se as ações em defesa da Palestina, que têm ganhado ainda mais relevância diante dos recentes ataques imperialistas na região. A militância também discutiu a crise internacional e a crescente ameaça de guerras promovidas pelo imperialismo, reforçando a necessidade de organizar seminários e atos públicos contra os golpes de Estado e as agressões imperialistas em todo o mundo.
Agora, na 37ª Conferência Nacional, a pauta central será a definição do posicionamento do PCO para o segundo turno das eleições municipais. A militância terá a oportunidade de debater profundamente a conjuntura política local e nacional e traçar uma tática que se alinhe com os princípios do Partido: independência total frente à burguesia e defesa intransigente dos interesses da classe trabalhadora. A decisão final será um reflexo do debate democrático e da unidade política que caracteriza o funcionamento do PCO.
Ao contrário dos partidos tradicionais, que impõem candidaturas escolhidas por uma cúpula distante das bases, no PCO, cada militante tem voz e papel ativo na definição dos rumos do Partido. Essa prática de democracia operária é o que distingue o PCO no cenário político brasileiro e garante sua crescente relevância como uma alternativa revolucionária e classista.
O recente episódio de sabotagem por parte do TSE foi mais uma tentativa de silenciar o Partido, que, desde o golpe de 2016, tem sido um dos principais expoentes da resistência contra o avanço da extrema direita e do imperialismo. O bloqueio do Fundo Eleitoral, uma manobra absurda e ilegal, foi revertido apenas após intensa pressão política e jurídica. O atraso no repasse dos recursos foi um ataque direto à liberdade de expressão e de organização, mas, como sempre, o PCO demonstrou sua capacidade de reagir e resistir, organizando suas campanhas eleitorais mesmo diante da sabotagem.
Essa vitória contra o TSE será certamente lembrada na 37ª Conferência como um marco importante na história recente do Partido. Ela é a prova de que, quando a militância está mobilizada e unida, nenhum ataque do aparato estatal pode sufocar a luta revolucionária.
Os desafios são grandes, mas o PCO já demonstrou sua capacidade de superá-los. A 37ª Conferência será mais uma etapa na construção de um Partido cada vez mais forte e combativo. A tarefa da militância é seguir em frente, fortalecendo as campanhas nas ruas, defendendo os trabalhadores e a juventude e organizando a resistência contra o imperialismo, que, a cada dia, se torna mais agressivo.
O Partido da Causa Operária segue, portanto, sua jornada de luta, fortalecendo-se a cada Conferência, a cada campanha, a cada vitória contra as manobras da burguesia e seus representantes no Estado. É hora de intensificar a mobilização e mostrar que o futuro pertence aos trabalhadores organizados.