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São Paulo

Amanhã, às ruas contra o imperialismo, por Hanié e pela Venezuela

Semana foi marcada por eventos que demonstram o desespero do imperialismo e o agravamento da crise mundial, que deve ser impulsionada pelo ativismo revolucionário

Amanhã (3), o Partido da Causa Operária (PCO) realiza, às 17h, um ato, atendendo ao chamado feito pelo partido revolucionário palestino Movimento de Resistência Islâmica (Hamas, na sigla em árabe), a ser realizado no Centro Cultural Benjamin Péret (CCBP), localizado na rua Conselheiro Crispiniano, 73, na República, próximo à estação Anhangabaú do Metrô. A convocação ganhou uma importância ainda maior após o assassinato covarde realizado pelo sionismo contra o principal dirigente do Hamas, Ismail Hanié, morto traiçoeiramente no último dia 31 enquanto participava das cerimônias de posse do novo presidente da República Islâmica do Irã, Masoud Pezeshkian. Por meio de um drone, o sionismo atacou a hospedagem de Hanié com um foguete, matando o dirigente revolucionário e seu guarda-costas.

A mobilização convocada pelo PCO ganhou ainda uma importância extra devido a eventos mais próximos do Brasil: as eleições venezuelanas e seu desenvolvimento. Após semanas de agitação política por meio de pesquisas de opinião sabidamente manipuladas e mentirosas, o imperialismo colocou em marcha sua campanha golpista, dedicada a desmoralizar o resultado das eleições e impor um governo de submissão ao país vizinho, derrubando Nicolás Maduro. Pressionada, a nação bolivariana luta contra a ditadura dos monopólios abandonada pelo seu principal parceiro e país da América Latina, o Brasil, que, até o momento, vacila diante da pressão imperialista e não reconhece a vitória de Maduro.

Nesse quadro geral de aprofundamento acentuado da crise mundial, o papel do ativismo político brasileiro torna-se mais importante, dado o peso do Brasil para luta de classes que se desenrola no cenário mundial. A relevância do País pode ser percebida pela pressão contra o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, no episódio em que o mandatário brasileiro desafiou a propaganda difundida pelas nações desenvolvidas, usando a palavra “genocídio” para descrever os crimes cometidos por “Israel” na Faixa de Gaza, equiparando-os ainda ao Holocausto cometido pelo nazismo contra outros povos.

Com maior intensidade, o imperialismo pressiona Lula agora para condenar Maduro, não reconhecer sua vitória nas eleições ocorridas no último dia 28 e classificar o governo bolivariano como uma “ditadura”. O presidente deu indicações de que não fará isso, mas tampouco reconheceu a vitória do nacionalismo venezuelano, fazendo demandas que jamais foram feitas a nenhuma outra eleição e que certamente não seriam agora, não fosse o cerco intenso contra o governo.

Apoiar Maduro e demandar do governo brasileiro que apoie os companheiros venezuelanos é uma das tarefas centrais da luta anti-imperialista nesse momento. E, para isso, o PCO e os Comitês de Defesa da Palestina estão desde já convocando simpatizantes da luta dos povos oprimidos para um sábado especial. É o que destaca o militante e membro da Executiva Nacional do Partido, Antônio Carlos Silva, que destaca os “enfrentamentos que mostram o desespero do imperialismo” e que, por sua vez, demonstram “a necessidade de intensificar a mobilização dos países oprimidos”:

“Em uma semana marcada por importantes enfrentamentos que mostram o desespero e o agravamento da crise do imperialismo e o desespero desses regimes, a outra hora, todos poderosos, diante da luta dos povos oprimidos, os acontecimentos no Irã e na Venezuela mostram a necessidade de intensificar a mobilização dos países oprimidos. O títere capacho do imperialismo, o regime sionista, assassinou o líder Hamas, em meio a uma situação desesperada por não conseguir derrotar a Resistência Palestina e na Venezuela, a vitória espetacular do companheiro Maduro e do povo venezuelano é enfrentada com uma ação de bandos fascistas, e de uma campanha suja, que procura denunciar uma fraude que não existiu. A única fraude é a própria direita fascista, pró-imperialista. Nesse sentido, a mobilização para apoiar Maduro e o povo venezuelano, celebrar a luta do Hamas e homenagear seu líder, o companheiro [Ismail] Hanié, são uma questão fundamental, e daí a importância da participação de toda militância combativa no ato desse sábado.”

Perseguido pelo sionismo por defender de maneira consequente a Palestina, isto é, expressando e chamando o apoio público ao Hamas, o jovem dirigente do PCO Francisco Muniz, membro de seu Comitê Central Nacional, destaca que a defesa de Maduro é uma luta que deve mobilizar “a esquerda latino-americana”, convidando todos a participarem do ato do dia 3, no centro de São Paulo:

“É importante participar da atividade porque estamos vendo a tentativa de um golpe de Estado na Venezuela. Para derrubar o governo Maduro, uma série de ações arbitrárias foram feitas, o que mobilizou a extrema direita e coloca essa situação, que torna necessário a esquerda latino-americana, particularmente, esquerda revolucionária, se mobilizar em defesa do governo Maduro, contra o imperialismo. É muito importante uma atividade que impulsione a mobilização desse pessoal.

Uma questão que também está ligada a essa atividade é do Hamas, fundamental porque ‘Israel’ está claramente numa ofensiva, de procurar matar todo mundo e a gente precisa se colocar, mostrar duas coisas: primeiro, que a luta do Hamas e a luta da Resistência Palestina não será interrompida devido aos assassinatos criminosos de ‘Israel’. Isso só vai aumentar nossa vontade de lutar. Em segundo lugar, relembrar aí uma figura que é uma figura histórica já do nosso século, uma grande liderança política e que inclusive teve uma relação com o nosso partido e que merece toda homenagem possível, que é o companheiro Ismail Hanié, merecidamente reconhecido como um herói da luta pela libertação do povo palestino.”

Por todas essas considerações, é fundamental que todos os apoiadores da luta dos povos oprimidos por sua libertação compareçam ao CCBP amanhã, que terá a transmissão da tradicional Análise Política da Semana às 13h e, logo após, às 17h, o ato em apoio aos dois principais focos da luta anti-imperialista da atualidade.

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