O sítio libanês Al Mayadeen publicou falas de Hosseim Salami, major-general da Guarda Revolucionária Iraniana (GRI), na Conferência dos Mártires da Província de Fars, onde destacou que a resposta iraniana aos ataques dos israelenses vai superar as expectativas.
No dia 26 de outubro passado, o Estado sionista promoveu mais um ataque criminoso contra o Irã e, embora boa parte dos mísseis tenha sido interceptada, quatro pessoas foram mortas. O país tem sido alvo de provocações e agressões de “Israel”, que conta com a proteção do imperialismo, especialmente dos Estados Unidos e Reino Unido, ainda que a Alemanha, um país ocupado pelos EUA, tenha participado com o fornecimento de armamentos.
Breve histórico
Em 1º de abril deste ano, os sionistas bombardearam a embaixada iraniana na Síria, matando três comandantes da GRI, incluindo o comandante sênior, Mohamed Reza Zahedi. Duas semanas depois, no dia 13 de abril, o Irã responde ao ataque enviando para “Israel” um enxame de drones e mísseis, muitos dos quais, inclusive, sobrevoaram o Knesset (sede do governo sionista).
Esse ataque, apesar de muito comedido, provocou uma série de danos importantes a bases e equipamentos militares israelenses.
O mais importante é que “Israel” foi humilhado, desmoralizado, pois o Irã mostrou sua capacidade ao bombardear o território sionista, apesar deste ter contado com a ajuda de Estados Unidos, Reino Unido, Jordânia, Arábia Saudita etc. Em duas horas, “Israel” gastou pelo menos US$ 1,3 bi, com o agravante de o Irã ter anunciado que sequer teria utilizado seu armamento mais avançado.
Escalando suas agressões, os sionistas assassinaram Ismail Hanié, líder do Hamas, que estava no Irã, a convite do governo local, para a posse do presidente Masoud Pezesquian.
No dia 1º de outubro, o Irã, como resposta, atingiu “Israel” com inúmeros mísseis, revelando a incapacidade do tão aclamado “Domo de Ferro” que, segundo a propaganda, seria um sistema de defesa antiaérea multicamadas e impenetrável. A imprensa imperialista tentou ocultar esse fato, chegando ao absurdo de jornalistas narrarem que mísseis israelenses estavam interceptando o ataque iraniano, quando se via ao fundo as bombas atingindo o solo.
Após esse ataque do dia 26, o Irã anuncia que uma retaliação será ainda mais contundente.
O que disse Hosseim Salami
O comandante do Corpo da Guarda da Revolução Islâmica do Irã, além de afirmar que a resposta iraniana superara todas as expectativas, disse que “Israel” tem a ilusão de que pode mudar o equilíbrio de forças atirando alguns mísseis.
“Você mais uma vez provou que não entende o povo iraniano, e seus cálculos estão completamente errados”, enfatizou, dirigindo-se ao regime de ocupação israelense. E acrescentou, referindo-se à operação Promessa Verdadeira: “Você confia em alguns mísseis e jatos de combate, mas eles não impedirão sua queda.” “Você inevitavelmente cairá”, sublinhou.
Mohammad Mohammadi Golpaigani, chefe do Gabinete do Líder da Revolução e da República Islâmica, Saiied Ali Khamenei, afirmou que “Israel” receberá uma resposta iraniana severa à sua recente agressão que fará com que ela se arrependa.
Golpaiegani lembrou aos sionistas que o desempenho das defesas aéreas iranianas impediu que aviões de guerra israelenses violassem o espaço aéreo do país e que os danos foram mínimos. (A ineficiência dos ataques abriu uma crise no governo sionista).
Resposta inevitável
Alguns órgão da imprensa capitalista sugeriram que, após o fiasco da operação israelense contra o Irã, não seria necessária uma resposta, mas o vice-comandante da Guarda Iraniana, brigadeiro-general Ali Fadavi, confirmou em uma declaração ao portal Al Mayadeen que a resposta do Irã a qualquer agressão israelense era “inevitável”, enfatizando que “por mais de 40 anos, nunca deixamos nenhum ataque sem resposta”.
“Podemos mirar tudo o que os sionistas possuem em uma única operação”, declarou Fadavi, acrescentando que o martírio dos líderes da resistência “fortalece ao invés de enfraquecer a resistência”.
Um ponto interessante da fala de Fadavi a destacar é que os sionistas acreditavam ou, pelo menos, propagandeavam a erradicação do Hezbolá com o martírio de Hassan Nasralá e outros líderes da resistência. E afirmou que “o Hezbolá está agora mais forte do que antes”.
Segundo Fadavi, e isso se pode confirmar na imprensa dita alternativa, que os ataques do Hezbolá contra as posições israelenses se intensificara, tanto no solo quanto no ar, indicativo de que a Resistência é tão dinâmica e forte quanto antes.