O líder da Al-Qaeda na Síria, chamada também de Haiat Tahrir al-Sham (HTS), Abu Mohammed al-Julani, em 5 de dezembro, pediu ao primeiro-ministro do Iraque, Mohammed Shia al-Sudani, que mantenha seu país afastado da guerra na Síria.
“Pedimos a ele (Sudani) que mantenha o Iraque distante de entrar na nova fornalha do que está acontecendo na Síria”, disse.
Ele pediu para o governo iraquiano para “fazer o necessário para impedir que as Forças de Mobilização Popular (FMP)” apoiem o Exército da Síria. As FMP são a organização que unifica toda a resistência iraquiana. Fundadas em 2014 com apoio iraniano, as FMP foram fundamentais na derrota do Estado Islâmico em dezembro de 2017.
Ali Naama Al-Bindaui, membro do Comitê de Segurança e Defesa Parlamentar do Iraque afirmou na quinta-feira (5): “forças iraquianas do Ministério da Defesa, outras agências de segurança de apoio e as FMP estão em alerta máximo ao longo da fronteira com a Síria. Reforços militares foram enviados para a província de Anbar, especialmente para a área de fronteira, para reforçar a segurança e se preparar para emergências”.
Qassim Muslih, chefe de operações das FMP na província de Anbar, confirmou que a mobilização do grupo para a fronteira com a Síria seguiu as diretrizes de Sudani “para apoiar e dar suporte à polícia de fronteira”. Muslih acrescentou que a operação tem como objetivo “aumentar a prontidão” das forças de segurança em caso de emergência.