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Oriente Médio

Al-Arabiya, a emissora saudita no bolso dos genocidas isralenses

Denúncias expõem cooperação entre órgão de país árabe e responsáveis pela matança em Gaza

Segundo a emissora israelense Kan, o canal de notícias por satélite Al-Arabiya, de propriedade saudita, está cooperando diretamente com o exército de “Israel”. Segundo a denúncia, o canal saudita recebe informações exclusivas e, em troca, apresenta para seu público uma imagem positiva das criminosas forças de ocupação israelenses.

A Al-Arabiya foi fundada em março de 2003, no início da invasão norte-americana do Iraque, pelo cunhado do rei Fahd da Arábia Saudita, morto em 2005, com investimentos adicionais do grupo Hariri, do Líbano, e de empresários da Arábia Saudita, Cuaite e outros países do Golfo.

Na reportagem da Kan, fica claro o quanto Al-Arabiya se esforça apresentar uma imagem positiva das forças de ocupação que estão massacrando o povo árabe. Entre os exemplos citados, está o caso do assassinato de Khalil al-Maqdah, comandante da ala armada do Fatá, em um ataque ao seu carro no Líbano, em 22 de agosto.

O canal saudita divulgou que ele era o alvo do ataque antes mesmo de os presentes no local conseguirem identificá-lo. Isso só teria sido possível se o exército israelense tivesse fornecido a informação ao canal saudita.

A Kan também relata que a cooperação da Al-Arabiya com o exército israelense também pode ser identificada nas expressões usadas e não usadas ao relatar a guerra em Gaza, conforme instruções do gerente-geral do canal, Abdul Rahman al-Rashid.

Enquanto a maioria dos meios de comunicação árabes usa a palavra “cativo” para os israelenses capturados pelo Hamas em 7 de outubro, durante a Operação Dilúvio de Al-Aqsa, a Al-Arabiya usa a palavra “refém”.

Outros meios de comunicação árabes frequentemente se referem a Israel como “a ocupação” ou “entidade sionista” e ao seu exército como “exército de ocupação” ou “forças de ocupação israelenses”. No entanto, a Al-Arabiya simplesmente se refere ao inimigo como “Israel” ou “exército israelense”.

Outros veículos árabes usam o título “mártires” para as vítimas palestinas do exército israelense, enquanto a Al-Arabiya usa o termo “mortos”. Os jornais árabes costumam usar o termo “Resistência Palestina” ao se referir ao Hamas. A Al-Arabiya, por sua vez, refere-se ao movimento como “movimento Hamas” ou “organização Hamas”.

Na cobertura da Al-Arabiya, o Hamas não é glorificado nem apresentado como um movimento importante ou poderoso.

A denúncia da Kan não é a única. Em agosto, o jornal israelense Haaretz também destacou que o canal saudita deu espaço para que o porta-voz do exército israelense, Daniel Hagari, difamasse a resistência libanesa no mês de julho.

“Estou aqui no norte”, disse Hagari, antes de alegar que o Hesbolá estava “explorando o povo libanês”, que, segundo ele, talvez não soubesse toda a verdade sobre a guerra em andamento do partido libanês com “Israel”.

O Haaretz acrescenta que a Al-Arabiya também se destacou por sua “cobertura simpática” dos Acordos de Abraão de “Israel”, assinados com os Emirados Árabes Unidos e o Bahrein em 2020. A rede chegou a transmitir imagens do parlamento israelense no momento de sua assinatura.

Na época, o jornal israelense citou Orit Perlov, pesquisador do Instituto de Estudos de Segurança Nacional (INSS) e ex-conselheiro do Departamento de Estado dos EUA, que disse que “Israel coopera e transmite mensagens ao canal”.

Também no mês de julho, chamou a atenção que a Al-Arabiya, diante de um dos massacres mais horrendos cometidos por “Israel”, mal falou das atrocidades cometidas pelas forças de ocupação. Após ataques israelenses matarem pelo menos 90 pessoas na área de Al-Mawasi, em Khan Younis, que havia sido estabelecida como uma “zona segura” até por “Israel”, as manchetes publicadas pela Al-Arabiya sobre o massacre em seu site não mencionaram o número de mortos palestinos, mas se concentraram na alegação de “Israel” de que o ataque teve como alvo o líder da ala armada do Hamas, Mohammed Deif.

A Al-Arabiya também alegadamente cobriu apenas as alegações de “Israel” sobre o ataque e inicialmente não transmitiu ou publicou as refutações do Hamas, muito menos os testemunhos dos palestinos afetados pelo ataque.

Por fim, convém destacar que o portal The Cradle, especialista em notícias no Oriente Médio, tanto a Al-Arabiya, de propriedade saudita, quanto a Al-Jazeera, de propriedade catarense, fizeram parceria com o Departamento de Estado dos EUA para promover uma propaganda caluniosa contra presidente sírio Bashar al-Assad e o exército sírio durante a guerra encoberta liderada pelos EUA em Damasco a partir de 2011.

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