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Irã

Aiatolá instiga países muçulmanos a romperem laços com ‘Israel’

Sayyed Ali Khamenei critica Estados islâmicos que mantêm relações com 'Israel', incentivando todos os adeptos do islã a pressionarem a seus governos em defesa de Gaza

O aiatolá Sayyed Ali Khamenei criticou os Estados islâmicos que mantêm relações com ‘Israel’, incentivando todos os adeptos do islã a pressionarem a seus governos em defesa de Gaza. A crítica foi realizada no 40ª Competição Internacional do Alcorão em Teerã.

O palco da crítica realizada por Khamenei foi a 40ª Competição Internacional do Alcorão do Irã em Teerão. Trata-se de um evento de destaque no mundo islâmico, com caráter cultural e político, competição de recitação e memorização do Alcorão.

Segundo o chefe da Awqaf e da Organização de Assuntos de Caridade do Irã, Hojat-ol-Islam Seyed Mehdi Khamoushi, a 40ª edição do evento contou com a participação de 110 países.

A crítica

Sayyed Khamenei caracterizou “Israel” como um “tumor cancerígeno sionista”, referindo-se aos sionistas como aqueles “desprovidos de humanidade”, que estão oprimindo Gaza. O líder afirmou que o genocidio do povo palestino promovido pelo sionismo é “a questão mais importante do mundo muçulmano hoje”.

Ele lembrou que “certamente, o mundo muçulmano e os povos livres do mundo estão de luto por Gaza”. E enfatizou a importância do apoia ao povo de Gaza e sua Resistência como o “maior dever” do mundo nesse momento.

“Pque é que os líderes dos países muçulmanos não tomam medidas para cortar abertamente a sua relação com os sionistas assassinos?”, questionou Khamenei

“Os chefes de Estado e autoridades dos países muçulmanos estão seguindo os mandamentos do Alcorão, que dizem: ‘não estabeleça contato com os inimigos de Deus e os inimigos dos muçulmanos’”, lembrou Khamenei, ao incitar o rompimento dos Estados do mundo islâmico com “Israel”.

Quem é Khamenei?

Kahmenei foi uma das figuras principais na consolidação da Revolução Iraniana, que derrubou o regime pró imperialista do  Xá Mohammed Reza Pahlavi. Ele desenvolveu relações estreitas com o Exército de Guardiães da Revolução Islâmica, força responsável por proteger o sistema político após a revolução.

Ex-presidente da República Islâmica do Irã de 1981 a 1989, Khamenei foi um dos líderes do Irã durante a Guerra Irã-Iraque. Com destaque na luta contra o imperialismo, ele acabou sendo designado sucessor do Aiatolá Khomenei como Líder Supremo do Irã em 1989.

A censura contra as vozes da resistência

No dia 9 de fevereiro, a empresa Meta removeu as contas de perfil de Khamenei das redes sociais Instagram e Facebook. A empresa não especificou a motivação da exclusão, afirmando apenas que o aiatolá Ali Khamenei violou políticas de organizações e indivíduos perigosos do aplicativo.

“Removemos essas contas por violar repetidamente nossa política sobre organizações e indivíduos perigosos”. afirmou o porta-voz da Meta a à agência de noticias AFP.

Apenas a conta principal de Khamenei no Instagram tinha mais de 5 milhões de seguidores, número bastante significativo, considerando os algoritmos e política das redes sociais que sufocam tendencias contrárias à política estabelecida pelo imperialismo.

Já o relatório da Microsoft Threat Intelligence afirmou: “Acreditamos que a ameaça representada pelas operações cibernéticas e de influência do Irã cresça à medida que o conflito persistisse”. “O aumento da ousadia dos atores iranianos e afiliados ao Irã, juntamente com a crescente colaboração entre eles, pressagia uma ameaça crescente antes das eleições nos EUA em novembro”, acrescentou a Microsoft.

Em momento anterior, Khamenei afirmou na rede X: “A entidade sionista [Israel] está a mentir-lhes [aos israelitas] e também está a mentir quando expressa aos palestinos preocupação com os seus prisioneiros. Mas também os está a destruir com os seus bombardeamentos”.

Em outra publicação na mesma rede social, ele teria afirmado que: “o regime sionista vai ser paralisado numa questão de dias sem a ajuda dos Estados Unidos”. Em outras redes teria escrito: “Sionistas ditatoriais, vocês não podem se recuperar da derrota de 7 de outubro”.

A única pratica reiterada de Khamenei nessas redes foi a de denunciar o genocídio promovido pelo sionismo na Palestina. Assim como outros crimes do imperialismo na região como o assassinato do Soleimani: “A vingança é inevitável. O assassino de Soleimani e quem ordenou sua morte devem sofrer vingança”.

A grande diferença é que na situação critica do imperialismo, ele abandona sua política discreta de censura, para fazê-la abertamente.

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