Na manhã do último domingo (12), jagunços abordaram agricultores e os questionaram acerca do paradeiro do agricultor Maurício Silva Monte, presidente da associação da comunidade Padre Tiago, antigo engenho Una, na cidade de Moreno (PE).
O sem terra relatou à Comissão Pastoral da Terra (CPT) que está com medo de ser assassinado, pois foi procurado por homens encapuzados em um sítio nas proximidades de onde trabalha.
O conflito ocorre desde 2011, o ameaçado é Maurício Silva, uma liderança nascida e criada no assentamento, casado e pai de uma filha. Sua mãe de 80 anos é, inclusive, uma das moradoras mais antigas do Engenho Una.
O Engenho Una é formado por mais de 40 famílias que enfrentam ameaças todos os dias de latifundiários, pois lutam pelo direito à moradia onde vivem há bastantes gerações.
A luta pela terra é algo fundamental no Brasil, os assentamentos, diante de muita repressão, devem montar comitês de luta e de autodefesa para impor ao latifúndio uma derrota e proteger as milhares de famílias que vivem em ocupações, assentamentos e retomadas.
Sem isso, os sem terra acabam enfrentando de mão-vazias o latifúndio, que assassina diversas lideranças da luta pela terra.