Previous slide
Next slide

Tribunal de Haia

África do Sul leva genocidas sionistas à corte internacional

Além das frustrações militares, Israel obtém profunda derrota no terreno da propaganda

Na última quinta-feira (11), a África do Sul foi à corte internacional em Haia, TIJ (Tribunal Internacional de Justiça) denunciar o crime de genocídio, praticado pelos israelenses contra os palestinos. O governo de Pretória acusa “Israel” de violar a “Convenção do Genocídio de 1948”, utilizando como provas a morte de 23.000 palestinos desde o início do conflito, no dia 7 de outubro. Segundo o Ministério da Saúde de Gaza, sendo mais de 10.000 mortos crianças.

John Dugard, acadêmico e advogado dos direitos internacionais, foi quem representou o país sul-africano em uma apresentação com a duração de três horas. Ele expôs que os palestinos vivem sob o cerco e a intervenção mortal de “Israel”. A acusação pode ser descartada em semanas e, na melhor das hipóteses, ser julgada após anos, porém o efeito propagandístico já está tendo impacto. Segundo a defensora Adila Hassin, classificando os cinco principais crimes que configuram o “ato genocida”:

1- O assassinato em massa dos palestinos: “O primeiro ato genocida é o assassinato em massa de palestinos em Gaza” – afirmou Hassin ao mostrar fotos dos tribunais de valas comuns onde os corpos foram enterrados, “muitas vezes não identificados”. A defensora também afirmou que “Israel” implantou bombas altamente destrutivas em locais que os próprios israelenses haviam declarado como zona segura. Denunciou que bebês e mulheres não foram poupados em meio a matança.

2- Dano corporal e mental: O segundo ato genocida, afirmou Adila Hassin: “é a imposição de Israel de sérios danos mentais e corporais ao povo que vive na Faixa de Gaza”. Cerca de 60 mil pessoas foram feridas e mutiladas, a maioria mulheres e crianças, em um lugar onde o sistema de saúde entrou em colapso”. E concluiu: “O sofrimento do povo palestino, físico e mental, é inegável”.

3- Deslocamento forçado e bloqueio alimentar: A representante do país africano, afirmou que o deslocamento forçado em si é genocídio, finalmente, são 500.000 pessoas que não tem para onde voltar, “A ordem em si era genocida”. 

4- Destruição do sistema de saúde: Hassin denuncia os ataques indiscriminados ao sistema de saúde palestino.

5- Prevenção de nascimentos palestinos: A defensora afirmou que a ação israelense bloqueia o nascimento de bebês palestinos, o que configura um ato genocida, somando-se a violência em geral as mulheres e meninas, “violência reprodutiva infligida por Israel a mulheres palestinas, bebês recém-nascidos e crianças … poderia ser qualificada como atos de genocídio”.

Benjamin Netanyahu, primeiro-ministro israelense, atacou a posição do país africano como “antisemitismo” e, na sexta-feira enviou um representante do estado sionista para defender Israel sob alegação de “legítima defesa” contra os “terroristas”. Ele afirmou: “Estamos lutando contra terroristas, estamos lutando contra mentiras. Hoje vimos um mundo de cabeça para baixo. Israel é acusado de genocídio enquanto luta contra o genocídio”

A acusação sul-africana não é um raio em céu azul, é o produto de uma gigantesca manifestação internacional em defesa da causa palestina. Somou-se à África do Sul a Organização dos Países Islâmicos (OIC), bloco que contém 57 membros, Malásia, Turquia, Jordânia, Bolívia, Maldivas, Namíbia, Paquistão, Liga Árabe com 22 membros e também obteve a aprovação da Colômbia e do Brasil.

“Israel”, apesar do seu enorme aparato de propaganda, não consegue evitar a fama de um país colonialista, supremacista e genocida. Os assassinatos em massa dos palestinos são impossíveis de ocultar, sobretudo com o fenômeno das redes sociais e da internet. Países árabes estão sendo pressionados pela população a defender a causa palestina, as manifestações são gigantescas e tendem a explodir em uma revolta generalizada. Na Cisjordânia, crescem diariamente as organizações armadas que buscam a libertação dos irmãos palestinos.

Os partidos de esquerda não devem confiar nas instituições, essencialmente aquelas que foram fundadas em defesa dos países imperialistas. Porém, é evidente, pela repercussão negativa na grande imprensa, que “Israel”, além de estar perdendo no terreno militar,  obtém uma profunda derrota no terreno da propaganda política.

Gostou do artigo? Faça uma doação!

Rolar para cima

Apoie um jornal vermelho, revolucionário e independente

Em tempos em que a burguesia tenta apagar as linhas que separam a direita da esquerda, os golpistas dos lutadores contra o golpe; em tempos em que a burguesia tenta substituir o vermelho pelo verde e amarelo nas ruas e infiltrar verdadeiros inimigos do povo dentro do movimento popular, o Diário Causa Operária se coloca na linha de frente do enfrentamento contra tudo isso. 

Diferentemente de outros portais , mesmo os progressistas, você não verá anúncios de empresas aqui. Não temos financiamento ou qualquer patrocínio dos grandes capitalistas. Isso porque entre nós e eles existe uma incompatibilidade absoluta — são os nossos inimigos. 

Estamos comprometidos incondicionalmente com a defesa dos interesses dos trabalhadores, do povo pobre e oprimido. Somos um jornal classista, aberto e gratuito, e queremos continuar assim. Se já houve um momento para contribuir com o DCO, este momento é agora. ; Qualquer contribuição, grande ou pequena, faz tremenda diferença. Apoie o DCO com doações a partir de R$ 20,00 . Obrigado.

Apoie um jornal vermelho, revolucionário e independente

Em tempos em que a burguesia tenta apagar as linhas que separam a direita da esquerda, os golpistas dos lutadores contra o golpe; em tempos em que a burguesia tenta substituir o vermelho pelo verde e amarelo nas ruas e infiltrar verdadeiros inimigos do povo dentro do movimento popular, o Diário Causa Operária se coloca na linha de frente do enfrentamento contra tudo isso. 

Diferentemente de outros portais , mesmo os progressistas, você não verá anúncios de empresas aqui. Não temos financiamento ou qualquer patrocínio dos grandes capitalistas. Isso porque entre nós e eles existe uma incompatibilidade absoluta — são os nossos inimigos. 

Estamos comprometidos incondicionalmente com a defesa dos interesses dos trabalhadores, do povo pobre e oprimido. Somos um jornal classista, aberto e gratuito, e queremos continuar assim. Se já houve um momento para contribuir com o DCO, este momento é agora. ; Qualquer contribuição, grande ou pequena, faz tremenda diferença. Apoie o DCO com doações a partir de R$ 20,00 . Obrigado.

Quero saber mais antes de contribuir

 

Apoie um jornal vermelho, revolucionário e independente

Em tempos em que a burguesia tenta apagar as linhas que separam a direita da esquerda, os golpistas dos lutadores contra o golpe; em tempos em que a burguesia tenta substituir o vermelho pelo verde e amarelo nas ruas e infiltrar verdadeiros inimigos do povo dentro do movimento popular, o Diário Causa Operária se coloca na linha de frente do enfrentamento contra tudo isso. 

Se já houve um momento para contribuir com o DCO, este momento é agora. ; Qualquer contribuição, grande ou pequena, faz tremenda diferença. Apoie o DCO com doações a partir de R$ 20,00 . Obrigado.