Desde 7 de outubro de 2023, na televisão, nos jornais e na rádio, só se escuta uma coisa: o Hamas é um grupo terrorista que está massacrando judeus. Um desavisado, devido ao volume da propaganda contrária ao grupo palestino, acaba, naturalmente, tendendo a acreditar na versão do sionismo. Ao mesmo tempo, a falta de informação sobre o Movimento de Resistência Islâmica (Hamas, na sigla em árabe) contribui para que as mentiras criadas por “Israel” se espalhem ainda mais.
É contra essa confusão que a Edições Causa Operária acaba de publicar um guia definitivo para se entender o que de fato é o Hamas e qual a sua importância para o povo palestino na luta por sua libertação nacional.
Intitulado O Hamas conta seu lado da história, o livro de mais de 200 páginas é resultado de um árduo trabalho de pesquisa e discussão e foi lançado no último domingo (21), durante a 36ª Conferência Nacional do Partido da Causa Operária (PCO). Organizada por Rui Costa Pimenta, presidente nacional do PCO, a obra promete, logo em seu subtítulo, apresentar “declarações, entrevistas e documentos sobre a Operação Dilúvio de Al-Aqsa e o Movimento de Resistência Islâmica”.
Apresentando o livro, Pimenta explica a motivação por detrás da obra e a importância de desmascarar as mentiras contadas pelo sionismo:
“O imperialismo sempre teve uma boa desculpa para suas aventuras militares: a Alemanha de Hitler justificou suas agressões iniciais com a defesa das populações alemãs em território estrangeiro; o imperialismo norte-americano justificou o crime monstruoso de lançar uma bomba atômica sobre duas cidades japonesas com o pretexto de diminuir o número das perdas de vidas humanas; novamente, os mesmos norte-americanos justificaram a feroz agressão contra o povo do Vietnã com um ataque forjado às suas naves no Golfo de Tonkin, o Iraque foi bombardeado e invadido porque teria ‘armas de destruição em massa’ que nunca foram encontradas. Os casos são inúmeros.
O mesmo esquema fraudulento repete-se agora no caso palestino. A justificativa para o banho de sangue, para a guerra contra a população civil, contra crianças e mulheres seria o ocorrido no dia 7 de outubro de 2023. A resistência palestina, personificada no Hamas, teria matado centenas de civis, matado bebês, estuprado mulheres e cometido todo o tipo de crimes atrozes. A imprensa imperialista divulgou esta versão dos fatos como verdadeira, sem questionar, sem verificar os fatos, sem ouvir o outro lado. A imprensa capitalista do Brasil, intimamente associada com o imperialismo, retransmitiu as mesmas mentiras como se fosse uma verdade comprovada. O próprio governo brasileiro, açodadamente, condenou a ação da resistência e solidarizou-se com o sionismo, brutal opressor do povo palestino!”
Ao final do texto de apresentação, Pimenta explica que, para ele e para os demais responsáveis pelo livro, “o Hamas e demais agrupamentos que lutam contra o sionismo são legitimados e justificados em suas ações pelas ações do governo sionista e do imperialismo”.
“A luta contra a opressão — e estamos falando de uma das mais brutais e criminosas opressões contra todo um povo — é inerentemente libertária, independentemente de maiores considerações”, explica o presidente do PCO.
Nesse sentido, ele afirma que, antes de qualquer coisa, é preciso conhecer o que é que o partido mais popular de toda a Palestina tem a dizer sobre si.
“O Hamas merece e deve ser ouvido, nas suas próprias palavras, as quais podem ser confrontadas com os fatos, e seus propósitos declarados apenas confirmam aquilo que a sua luta quase quatro décadas já comprovou”, diz Rui Costa Pimenta.
O livro está dividido em quatro partes principais: entrevistas, Operação Dilúvio de Al-Aqsa, documento do Hamas e artigos e reportagens.
Na primeira seção, são apresentadas as entrevistas feitas pela comitiva que o PCO enviou ao Catar, onde se reuniu com as principais lideranças do Hamas. É nesta seção que o leitor encontrará conversas exclusivas com Abu Marzuk, o chanceler do Hamas, e com o Dr. Basem Naim, um dos dirigentes mais importantes do partido palestino. É nesta primeira parte, também, que o leitor poderá conferir uma declaração feita por Ismail Hanié, líder do birô político do Hamas, ao povo brasileiro.
Em seguida, a segunda parte do livro se dedica a apresentar documentos que mostram quais eram os verdadeiros objetivos do Hamas ao deflagrar a Operação Dilúvio de Al-Aqsa. É aqui, por exemplo, que o leitor encontrará a declaração feita por Ismail Hanié no dia 7 de outubro, bem como a ordem do dia de Mohamed al-Deif, principal comandante da operação.
Já a terceira parte contém os documentos fundamentais que mostram o que é o Hamas. Aqui, pode-se ler o Documento de princípios e políticas gerais do Hamas, bem como a Constituição do Hamas de 1988.
Por fim, a quarta parte do livro apresenta a tradução de uma série de artigos importantíssimos quando o assunto é desmascarar a propaganda feita pelo sionismo contra o Hamas. É o caso, por exemplo, dos textos publicados por sítios de jornalismo investigativo como o MintPress News e o The Grayzone.
“Eu nunca li nada igual”, afirmou Pedro Burlamaqui, estudante da Universidade de Brasília (UnB), ao Diário Causa Operária (DCO). “Tudo que você precisa saber sobre o Hamas pode ser encontrado neste livro, desde documentos fundamentais até informações sobre a operação do dia 7 de outubro”, completou.
Os poucos sortudos que, como Pedro, já adquiriram O Hamas conta seu lado da história, têm a mesma reação. O leitor deste Diário pode — e deve! — adquirir seu próprio exemplar desta importantíssima obra que já entrou para a história. Para tal, basta entrar em contato com o número (11) 99741-0436 e garantir seu próprio livro pela bagatela de 60 reais.