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Ato em defesa da Palestina

Ações do Brasil terão grande impacto no mundo, diz Breno Altman

"A solidariedade é importante para ajudar a resistência palestina e reduzir o alcance militar de ‘Israel’", destacou editor-chefe de Opera Mundi

Durante o Ato Nacional em Defesa da Palestina, que reuniu centenas de pessoas em apoio à resistência palestina, contra a ocupação sionista e o genocídio promovido em Gaza desde 7 de outubro na Avenida Paulista no último domingo (30), o jornalista Breno Altman, editor-chefe do portal Opera Mundi, afirmou que “a solidariedade internacional é extremamente importante para pressionar os governos ocidentais para que boicotem, sancionem e desinvistam no regime sionista — valendo também para o Brasil”

Dirigente do Partido dos Trabalhadores (PT), Altman ganhou notoriedade em seu posicionamento público contra o sionismo, o que lhe rendeu uma perseguição judicial que de forma alguma afetou suas críticas a “Israel”. No transcorrer da manifestação, o petista concedeu um breve depoimento a este Diário, destacando ainda a importância do rompimento do governo Lula com “as relações diplomáticas e comerciais com o Estado de ‘Israel’”:

“O presidente Lula tem feito declarações fortes e importantes, denunciando reiteradamente o genocídio do povo palestino praticado por Israel, mas é necessário que nosso país passe para medidas práticas. Devemos defender, em todos os espaços, que o governo brasileiro rompa relações diplomáticas e comerciais com o Estado de ‘Israel’. A ruptura de relações diplomáticas e comerciais por parte do estado brasileiro certamente terá um grande impacto no mundo, especialmente na América Latina, e conduzirá países para que adotem medidas semelhantes”.

O jornalista também analisou a conjuntura em que se dá a manifestação brasileira, marcada, segundo Altman, por um “impasse”. “Acho”, declarou à reportagem da TV Causa Operária, “que nós temos um impasse hoje. Há muita pressão sobre o regime sionista por um cessar-fogo. O regime sionista dá sinais de oposição a esse cessar-fogo, de não aceitar esse cessar-fogo, e de expandir a guerra rumo ao Líbano, também intensificando a repressão ao povo palestino na Cisjordânia.”

Em meio ao cenário de crise, “a solidariedade internacional joga um peso decisivo”, continua Altman, reforçando que “a solidariedade internacional pode e deve pressionar os governos ocidentais, especialmente o norte-americano e os europeus, a adotarem medidas de pressão sobre ‘Israel’.”

O jornalista disse ainda acreditar que “é chegada a hora também do Brasil [pressionar ‘Israel’], pelo peso que o Brasil tem, pelo peso que tem o presidente Lula. O Brasil deve adotar medidas práticas contra Israel: a ruptura relações diplomáticas e comerciais. Se o Brasil faz isso, eu acredito que pode arrastar vários outros países a adotar medidas semelhantes e também exercer maior pressão para que Rússia e China intervenham nesse sentido”, destacou. 

Sobre este aspecto, Altman declarou ver com “otimismo” a evolução do movimento de solidariedade à Palestina, “mesmo que lentamente”, disse.

“A gente consegue expandir a solidariedade ao povo palestino aqui no Brasil. Enfrenta dificuldades, mas começa a ver, cada vez mais, uma consciência solidária e combativa em torno da questão da palestina. Vejo com otimismo a evolução desse movimento”.

O jornalista considera o “estrangulamento financeiro-diplomático de Israel decisivo nessa etapa e creio que é para o caminho que deveria seguir o governo brasileiro”, disse, acrescentando considerar que a luta contra o sionismo no Brasil tem a capacidade de unificar a esquerda na luta contra a direita de conjunto: “é uma das poucas questões das quais, ao menos publicamente, não há divergências”, disse:

“Eu não conheço nenhuma força de esquerda que seja ‘pró-Israel’. Todas as forças de esquerda, ao menos discursivamente, são anti-’Israel’, são pró-Palestina. Portanto, é uma base de unidade importante. Por isso que estou aqui nesse ato.”

Altman, por fim, teceu comentários sobre as mobilizações de massas que se desenvolvem em todo o planeta e que colocam mais crise sobre os crimes do sionismo, assim como sobre a própria manutenção da invasão da Palestina:

“Há uma enorme pressão sobre o regime sionista pelo cessar-fogo e o regime sionista dá todos os sinais, não apenas de oposição, mas também de expansão do conflito militar rumo ao Líbano. O Estado de ‘Israel’ não consegue controlar a Faixa de Gaza e vai escalando a guerra. A resistência palestina consegue enfrentar o Estado de ‘Israel’, e cresce a solidariedade internacional”.

O quadro, na visão do dirigente petista, torna ainda mais importante a mobilização brasileira: “nós temos que fazer crescer a solidariedade internacional para que medidas práticas dos governos ocidentais sejam tomadas, de estrangulamento financeiro e diplomática de ‘Israel’. A solidariedade internacional é importante para ajudar a resistência palestina a ampliar sua capacidade de combate e reduzir, ainda mais, o alcance militar de ‘Israel’”.

Para Altman “essa manifestação [do dia 30] é importante e deve servir de exemplo para outras e todas as forças da solidariedade palestina organizarem um calendário mais intenso e amplo de mobilização em favor do povo palestino e contra o Estado de ‘Israel’”.

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