Nessa segunda-feira (11), a Executiva Nacional do Partido da Causa Operária (PCO) publicou uma nota oficial respondendo aos ataques e provocações que foram feitos contra militantes da organização e do coletivo de mulheres Rosa Luxemburgo durante a manifestação da última sexta-feira (8), Dia da Mulher Trabalhadora, na Avenida Paulista, São Paulo.
Na nota, o Partido caracteriza a atuação de grupos da esquerda pequeno-burguesa contra o PCO como “um ato fascista, de coerção da democracia operária e popular, de tentar calar vozes dissidentes por meio da força e um ataque a todo o movimento”.
Este Diário denunciou que, na manifestação, representantes desses setores pequeno-burgueses pediram que a Polícia Militar de São Paulo reprimisse os militantes do PCO e do Rosa Luxemburgo.
A ação da esquerda pequeno-burguesa contra o PCO demonstra um verdadeiro desespero. Ao que tudo indica, querem acabar com o Partido e, para tal, apelam até mesmo para os métodos tradicionais da burguesia, como chamar a PM para reprimir manifestantes de esquerda.
Esse desejo de acabar com o PCO vai ao encontro da campanha que o sionismo faz contra a organização trotskista, utilizando a imprensa burguesa e grupos como a Confederação Israelita do Brasil (Conib) para caluniar e perseguir o Partido.
Nesse sentido, a esquerda pequeno-burguesa, que não possui uma posição acabada sobre a Palestina e a resistência armada, está sendo mobilizada pelo sionismo para atacar o PCO.
Confira, abaixo, a nota na íntegra:
Abaixo a provocação contra as mulheres do PCO no 8 de Março
A Executiva Nacional do Partido da Causa Operária (PCO) vem por meio desta manifestar seu veemente repúdio aos acontecimentos deste dia 8 de março na Avenida Paulista em São Paulo, capital. Setores da organização do ato declararam que “o PCO não iria falar”, uma atitude completamente antidemocrática e sem justificativa, e completaram, sarcasticamente, “pode tirar nota de repúdio”.
Diante do protesto do bloco das militantes do Coletivo Rosa Luxemburgo, ligado ao nosso Partido, alguns setores da esquerda pequeno-burguesa, a saber PCdoB, UP, PCB-RR, PSOL, incluindo vários homens, fizeram um cordão de isolamento para tentar impedir também esse protesto legítimo das nossas companheiras. Diante do fracasso dessa tentativa, prosseguiram chamando a Polícia Militar, controlada pelo governo fascista de Tarcísio Gomes de Freitas, que acaba de matar 40 pessoas no litoral paulista, para nos isolar do ato. O chamado foi feito do próprio caminhão de som do ato!
A medida de tentar impedir qualquer organização pertencente ao movimento operário e popular que seja de falar em uma manifestação pública é um ato fascista, de coerção da democracia operária e popular, de tentar calar vozes dissidentes por meio da força e um ataque a todo o movimento.
A PM reprimiu nossas militantes, sendo que uma delas foi recolhida ao hospital após ter sido agredida pela PM. A PM confiscou a nossa faixa principal, alegando que a “organização do ato havia requisitado”.
Estas ações antidemocráticas e antioperárias, inclusive com o uso da polícia, é apenas uma comprovação do caráter fascista da atitude e deveria ser repudiada por todas as organizações que defendam a democracia no interior do movimento operário e popular.
Chamamos a atenção dos responsáveis políticos para o fato de que esta atitude autoritária foi feita em nome de organizações como a CUT, APEOESP, PT, PCdoB e outros.
Chamamos os dirigentes responsáveis por estas organizações a condenar estas atitudes antidemocráticas e seus autores e garantir a democracia no interior dos eventos do movimento operário e popular.
São Paulo, 8 de março de 2024,
Executiva Nacional do Partido da Causa Operária