Está em curso no Banco de Brasília (BRB), uma política de “aumentar o capital do banco” que não deixa nada a dever à política implementada pelos governos neoliberais ao longo dessas duas décadas, ao contrário, vai ainda além.
No Banco do Brasil e na Caixa Econômica Federal no governo Bolsonaro, através do seu ministro da economia, o Chicago Boy, Paulo Guedes, entregou, de mão beijada, diversas subsidiárias desses bancos, visando a privatização dos mesmos.
No Governo do Distrito Federal, o governador golpista Ibaneis, depois de promover a demissão massiva de bancários, através da “democrática” política de demissões “voluntárias”, arrochar violentamente os salários dos funcionários, dá mais um passo na política de privatização do BRB ao vender 49,9% das ações da “Financeira BRB”.
Tentando justificar o injustificável para promover a política de ajustes neoliberal, o governo de Ibaneis que, mesmo o banco apresentando prejuízos, alega que as tais parcerias privadas impulsionará o crescimento do conglomerado do BRB, sendo que no primeiro trimestre de 2024, o BRB apresentou um prejuízo contábil cerca de R$43 milhões; o governo Ibaneis alega dificuldades que o banco está passando, o que se reflete nos prejuízos, constantes e crescentes, já há dois anos. Ou seja, o País que beneficia sobremaneira os banqueiros, onde nenhum banqueiro é responsabilizado pelos crimes que comete, o governo do DF segue a cartilha e procura responsabilizar os bancários e a população em geral, uma conta que, com certeza, não é de sua responsabilidade.
Se é que são verdadeiras as alegações de crise, porque o governo que se diz tão “democrático” e “transparente” mantém, como qualquer outro governo, a contabilidade dos bancos fechados ao conhecimento de todos.
Por outro lado, se realmente a situação do BRB é deficitária, ao invés de querer aprofundar a política de privatização do banco, ao entregar as suas subsidiárias, deveria investigar as várias denúncias de falcatruas realizadas pela administração do amigo particular de Ibaneis Rocha, o presidente do banco, Paulo Henrique Costa. Obviamente que isso não está em discussão, são todos uns santos, os trabalhadores e a população que paguem a conta.
Está claro que o governo do DF não é apenas um governo capitalista; vale dizer, estruturado em torno da defesa da propriedade privada, como é um governo voltado para a aplicação da atual orientação de defesa dos interesses dos grande capital nacional e principalmente ao grande capital internacional, ou seja, pró imperialista, em oposição aos interesses da maioria da população.
Para fazer frente a esses ataques e construir uma verdadeira luta em defesa de um BRB público e de qualidade, é fundamental que os trabalhadores procurem construir comitês de luta por local de trabalho, com o objetivo da constituição de organismos capazes de discutir os problemas da categoria e que apontam a luta e a resistência dos trabalhadores, tendo como base a independência destes diante dos patrões e um programa que reflita as necessidades mais sentidas da categoria.